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28/01/2003
-
10h29
O presidente iraquiano, Saddam Hussein, multiplicou as reuniões com seus generais para se preparar para uma guerra, principalmente após o severo relatório do chefe dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) apresentado ontem em Nova York.
Desde o começo do mês, o chefe de Estado do Iraque, que também é comandante supremo das Forças Armadas, vem se reunindo quase diariamente com as principais autoridades militares do regime, entre eles seu filho mais novo, Ussai, que dirige as unidades especiais da Guarda Republicana, e o ministro da Defesa, Sultan Hashem Ahmad.
A TV iraquiana mostra longos trechos dessas reuniões, e a imprensa oficial publica nas primeiras páginas um relatório detalhado.
Ontem, quando o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, entregava ao Conselho de Segurança o relatório crucial sobre a situação no Iraque, Saddam Hussein estudava com os comandantes do Exército os meios de "vencer o inimigo".
Os participantes da reunião lhe expuseram "os dispositivos de suas unidades em homens, equipamentos, treinamento, linhas defensivas e aprovisionamento".
Comentando uma possível ruptura na linha de comando em caso de guerra, citada por um dos oficiais, Saddam concordou que "o inimigo se apóia na interferência eletrônica, nos disparos à distância e nos intensos bombardeios aéreos e com mísseis [...]".
"Se vocês reduzirem sua eficácia nesse campo, o inimigo será menor que um grão de areia quando se apresentar diante de vocês", declarou.
A partir dessas reuniões, pode-se deduzir que o Iraque parece contar com uma intervenção do Exército americano por terra.
"Quem quer ocupar uma terra deve enviar soldados para a terra que ocupa. Sem o envio de forças terrestres, o inimigo poderá destruir, mas não poderá ocupar a terra", disse Saddam na última quarta-feira, durante uma de suas reuniões, garantindo que continuará sendo "impossível" as forças americanas tomarem o Iraque.
Ao fim de dois meses de inspeções, Blix apresentou ontem ao Conselho de Segurança um balanço da cooperação do Iraque com os especialistas da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, estimou que o Iraque não entregou nenhuma informação concreta aos inspetores e à comunidade internacional, e que não tem "muito mais tempo" para se submeter às exigências da ONU quanto ao seu desarmamento.
O vice-premiê iraquiano, Tarek Aziz, prometeu em uma entrevista à TV canadense uma cooperação maior de seu país, mas ameaçou atacar o Kuait caso este sirva de base para uma operação americana contra o Iraque.
Segundo Aziz, só existem dois pontos de divergência entre o Iraque e os inspetores: o vôo de aviões espiões U-2 e as condições em que são realizadas as entrevistas com os cientistas iraquianos.
Os especialistas em desarmamento continuaram hoje suas inspeções, visitando sete instalações em Bagdá e arredores, segundo autoridades iraquianas.
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Saddam Hussein se prepara para a guerra
da France Presse, em BagdáO presidente iraquiano, Saddam Hussein, multiplicou as reuniões com seus generais para se preparar para uma guerra, principalmente após o severo relatório do chefe dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) apresentado ontem em Nova York.
Desde o começo do mês, o chefe de Estado do Iraque, que também é comandante supremo das Forças Armadas, vem se reunindo quase diariamente com as principais autoridades militares do regime, entre eles seu filho mais novo, Ussai, que dirige as unidades especiais da Guarda Republicana, e o ministro da Defesa, Sultan Hashem Ahmad.
Reuters - 08.ago.2002 |
Saddam Hussein, presidente do Iraque |
Ontem, quando o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, entregava ao Conselho de Segurança o relatório crucial sobre a situação no Iraque, Saddam Hussein estudava com os comandantes do Exército os meios de "vencer o inimigo".
Os participantes da reunião lhe expuseram "os dispositivos de suas unidades em homens, equipamentos, treinamento, linhas defensivas e aprovisionamento".
Comentando uma possível ruptura na linha de comando em caso de guerra, citada por um dos oficiais, Saddam concordou que "o inimigo se apóia na interferência eletrônica, nos disparos à distância e nos intensos bombardeios aéreos e com mísseis [...]".
"Se vocês reduzirem sua eficácia nesse campo, o inimigo será menor que um grão de areia quando se apresentar diante de vocês", declarou.
A partir dessas reuniões, pode-se deduzir que o Iraque parece contar com uma intervenção do Exército americano por terra.
"Quem quer ocupar uma terra deve enviar soldados para a terra que ocupa. Sem o envio de forças terrestres, o inimigo poderá destruir, mas não poderá ocupar a terra", disse Saddam na última quarta-feira, durante uma de suas reuniões, garantindo que continuará sendo "impossível" as forças americanas tomarem o Iraque.
Ao fim de dois meses de inspeções, Blix apresentou ontem ao Conselho de Segurança um balanço da cooperação do Iraque com os especialistas da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, estimou que o Iraque não entregou nenhuma informação concreta aos inspetores e à comunidade internacional, e que não tem "muito mais tempo" para se submeter às exigências da ONU quanto ao seu desarmamento.
O vice-premiê iraquiano, Tarek Aziz, prometeu em uma entrevista à TV canadense uma cooperação maior de seu país, mas ameaçou atacar o Kuait caso este sirva de base para uma operação americana contra o Iraque.
Segundo Aziz, só existem dois pontos de divergência entre o Iraque e os inspetores: o vôo de aviões espiões U-2 e as condições em que são realizadas as entrevistas com os cientistas iraquianos.
Os especialistas em desarmamento continuaram hoje suas inspeções, visitando sete instalações em Bagdá e arredores, segundo autoridades iraquianas.
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