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Polícia tenta conter manifestantes no 3º dia de protestos no Paquistão
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da Folha Online
A polícia atirou gás lacrimogêneo nesta sexta-feira para tentar dispersar os manifestantes favoráveis ao ex-premiê Nawaz Sharif que protestavam em Islamabad, a capital paquistanesa. Os manifestantes foram às ruas pelo terceiro dia consecutivo para reclamar da decisão da Suprema Corte que proíbe que Sharif concorra às eleições nacionais.
A manifestação é mais um sinal da crise política que afeta o frágil governo do Paquistão e tira o foco dos renovados esforços para conter os insurgentes do grupo terrorista Taleban e da rede terrorista Al Qaeda.
A polícia confrontou cerca de cem pessoas que empilharam pedras e tijolos para bloquear uma estrada de seis faixas que liga Islamabad à cidade de Rawalpindi. Oficias atiraram gás lacrimogêneo, que forço a dispersão dos manifestantes.
Os policiais seguiram então para o aeroporto, embora não haja confirmação de que os manifestantes estão no local.
Ao menos 300 líderes e ativistas da Liga Muçulmana do Paquistão estão sendo investigados por causar distúrbios durante os protestos.
Nas cidades de Karachi e Lahore, dezenas de advogados boicotaram os procedimentos judiciais, enquanto o partido anuncia novas manifestações para esta sexta-feira, dia de orações muçulmanas.
Os protestos começaram nesta quarta-feira quando a Suprema Corte decretou que Sharif não poderia concorrer às eleições por causa de uma condenação criminal --o que o impede de concorrer às eleições presidenciais em 2013.
A decisão retira ainda o seu irmão, Shahbaz, do cargo de chefe de governo de Punjab. O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, dissolveu o governo da Província, a mais rica e populosa do Paquistão e colocou no poder um de seus seguidores.
Sharif, considerado um dos políticos mais populares do país, acusou Zardari de orquestrar um complô contra ele e seu irmã e pediu então pelos protestos.
Embora sejam em sua maioria pacífica, alguns dos manifestantes ergueram barreiras de pneus queimados e quebraram janelas de lojas e bancos em Rawalpindi, na Província de Punjab. Eles enfrentaram a polícia e queimaram ainda quatro veículos.
O porta-voz do Ministério de Interior paquistanês, Shahedullah Baig, afirmou que as tropas paramilitares foram deslocadas até Punjab nesta sexta-feira obedecendo ordem das autoridades locais.
Sharif pediu ainda que seus apoiadores participassem de comícios em massa planejados para meados do próximo mês por legisladores paquistaneses --que pedem um judiciário mais independente após as medidas autoritárias do ex-presidente Pervez Musharraf.
Musharraf impôs um regime de emergência em 2007 que derrubou dezenas de juízes paquistaneses. Vários deles já retornaram ao cargo após a eleição de Zardari, mas alguns, como Iftikhar Mohammed Chaudhry, ex-chefe de Justiça que levou adiante acusações antigas de corrupção contra Zardari e sua mulher, foram impedidos de retornar.
"O povo não está preparado para aceitar a decisão do tribunal", disse Sharif. Os analistas indicam o princípio de uma grande crise nacional diante da luta entre governo e a oposição, até então "tranquila" de Sharif.
Com Efe e Associated Press
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