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30/01/2003 - 19h44

EUA terão acesso a 21 países em caso de guerra, diz Armitage

da Folha Online

Os Estados Unidos poderão ter acesso a 21 países em caso de guerra contra o Iraque, dos quais 20 países se comprometeram a permitir sobrevôo de seus territórios, destacou hoje o subsecretário de Estado, Richard Armitage.

Durante um seminário do comitê das Relações Exteriores do Senado, Armitage disse que os Estados Unidos poderão ter "acesso total a 21 países" e manter consultas com outros.

Em relação às autorizações para sobrevoar o espaço aéreo, explicou que "20 países se comprometeram [a autorizá-las] enquanto outros três as autorizaram de forma parcial".

Armitage recusou-se a dar maiores detalhes sobre o nível da cooperação internacional que os Estados Unidos esperam obter em caso de guerra.

Ele destacou que as tropas norte-americanas reforçarão sua presença no golfo Pérsico e advertiu que não vai restar muito tempo a Saddam Hussein para se desarmar de forma pacífica. "Deverá fazer sua escolha rapidamente", afirmou.

Armitage não acha que seja necessária uma nova resolução da ONU antes de iniciar a guerra, "isso seria desejável".

O Secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, deve apresentar no dia 5 de fevereiro ao Conselho de Segurança as supostas provas que Bush disse possuir sobre a posse, pelo Iraque, de armas de destruição em massa; ao mesmo tempo, terá que convencer seus pares do Conselho de que a guerra é necessária.

Armitage declarou que Powell fornecerá, além disso, detalhes sobre os laços entre o Iraque e grupos terroristas, assim como laboratórios biológicos e químicos móveis.

"O que o secretário de Estado tentará fazer é completar os vazios" deixados pelo chefe de inspetores de desarmamento da ONU, Hans Blix, quando falou sobre a falta de cooperação de Hussein com a missão da ONU, segundo Armitage.

Carta de apoio

Hoje, o presidente George W. Bush elogiou a carta enviada por oito líderes europeus apoiando a política dos Estados Unidos em relação ao Iraque.

"O presidente quer expressar seu apreço aos oito dirigentes europeus (...) que declararam seu apoio à política dos Estados Unidos. O presidente está muito orgulhoso de ser apoiado por dirigentes tão importantes", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

Os dirigente que assinaram a carta foram José Maria Aznar (Espanha), José Manuel Durão Barros (Portugal), Silvio Berlusconi (Itália), Tony Blair (Reino Unido), Vaclav Havel (República Tcheca), Peter Medgyessy (Hungria), Leszek Miller (Polônia) e Anders Fogh Rasmussen (Dinamarca).

Fleischer disse que Bush ainda não tomou a decisão de iniciar uma guerra contra o Iraque. Por outro lado, declarou que "ajudaria" o mundo se o líder iraquiano Saddam Hussein se exilasse de forma voluntária. "Esperemos que isso aconteça", afirmou o porta-voz.

Fleisher também disse que a "janela diplomática" aberta para tentar desarmar o Iraque de forma pacífica é uma questão de semanas e não de meses.

"O presidente Bush está comprometido em uma atividade diplomática muito ativa, com o objetivo de concluir esse confronto pacificamente, mas este processo se prolongará durante semanas e não meses", acrescentou.

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