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06/02/2003 - 08h17

Liga Árabe diz ser "insuficientes" provas apresentadas por Powell

da Folha Online

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, disse hoje que as provas contra o Iraque apresentadas pelo secretário de Estado americano, Colin Powell, são "insuficientes" e que os inspetores devem verificá-las.

"As provas e acusações contidas no discurso de Powell no Conselho de Segurança (CS) são apenas informações que devem ser passadas imediatamente aos inspetores da ONU, para que sejam verificadas", disse.

A reação de Mussa ao discurso de Powell não é ímpar. Ontem, após a fala do secretário de Estado dos EUA, o ministro das Relações Exteriores da Rússia (país com poder de veto no CS), Igor Ivanov, disse que as provas apresentadas por Powell teriam de ser verificadas pelos inspetores da ONU e voltou a afirmar que as inspeções no Iraque devem continuar.

Seguindo a mesma linha preventiva frente às acusações Powell, a França e a China também pediram mais tempo para que as inspeções possam determinar se o Iraque realmente tem feito esforços para esconder suas armas proibidas dos inspetores da ONU.

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.

Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.

O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.

A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".

Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado na segunda-feira passada(27), por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria.

Com agências internacionais
 

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