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06/02/2003
-
17h38
O presidente francês, Jacques Chirac, disse por telefone a vários líderes estrangeiros hoje que continua rejeitando a idéia de que a guerra contra o Iraque é inevitável, disse a porta-voz de Chirac, Catherine Colonna.
"Nós nos recusamos a considerar a guerra como inevitável", disse Chirac, de acordo com Colonna. Ela acrescentou que Chirac acredita que as inspeções de armas devam continuar.
Colonna retransmitiu os comentários por telefone aos repórteres depois de Chirac ter falado com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, do México, Vicente Fox, do Chile, Ricardo Lagos, e Bashar al-Assad, da Síria.
O ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, disse hoje que não concorda com uma nova resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que abra caminho para uma guerra contra o Iraque, insistindo que as inspeções devem continuar.
Entrevistado pela rádio Europa 1 um dia depois do pronunciamento do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, Villepin afirmou: "Uma segunda resolução? Não estamos em tempo para isso agora".
"Enquanto as inspeções avançarem, devemos insistir que continuem", declarou. Segundo Villepin, há uma ampla maioria no Conselho de Segurança da ONU para as inspeções prosseguirem.
"Risco iraquiano"
O chanceler francês afirmou que há um "risco iraquiano" em matéria de armas de destruição em massa e que é necessário que Bagdá "dê respostas claras, em particular sobre as armas químicas e biológicas".
"É importante, entretanto, que o Iraque atenda às exigências da comunidade internacional sobre os cientistas, que precisam ser interrogados sem testemunhas ou sobre os aviões [espiões americanos] U2, que devem sobrevoar o território iraquiano para que a comunidade internacional disponha de todas as informações de que necessita", disse.
Villepin reiterou que o ponto de vista da França: "A força é o último recurso, mas nãos excluímos qualquer possibilidade".
Powell apresentou ontem no Conselho de Segurança da ONU várias fitas de áudio e fotografias que, segundo Washington, mostram que o Iraque continua em "patente violação" das exigências da ONU, possui um programa de armas biológicas e tenta fabricar armas nucleares.
Para o chanceler francês, "as declarações de Colin Powell não deram surpresas maiores nem provas formais".
Otan
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) adiou hoje a decisão sobre quais medidas adotará para proteger a Turquia em caso de guerra no Iraque. Isso prolonga a divisão entre norte-americanos e europeus a respeito do cronograma do possível conflito.
O secretário-geral da organização, George Robertson, disse que, no começo da próxima semana, a aliança militar ocidental deve chegar a um consenso sobre uma lista de providências a serem tomadas.
Há duas semanas, os Estados Unidos haviam apresentado à Otan uma lista mais abrangente com pedido de apoio indireto. O adiamento indica que França, Alemanha e Bélgica, países que haviam bloqueado o pedido norte-americano, não se convenceram com os argumentos apresentados ontem por Powell.
Com agências internacionais
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Chirac diz que guerra não é inevitável
da Folha OnlineO presidente francês, Jacques Chirac, disse por telefone a vários líderes estrangeiros hoje que continua rejeitando a idéia de que a guerra contra o Iraque é inevitável, disse a porta-voz de Chirac, Catherine Colonna.
Reuters - 14.jul.2001 |
Jacques Chirac, presidente reeleito da França |
Colonna retransmitiu os comentários por telefone aos repórteres depois de Chirac ter falado com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, do México, Vicente Fox, do Chile, Ricardo Lagos, e Bashar al-Assad, da Síria.
O ministro das Relações Exteriores da França, Dominique de Villepin, disse hoje que não concorda com uma nova resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que abra caminho para uma guerra contra o Iraque, insistindo que as inspeções devem continuar.
Entrevistado pela rádio Europa 1 um dia depois do pronunciamento do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, Villepin afirmou: "Uma segunda resolução? Não estamos em tempo para isso agora".
"Enquanto as inspeções avançarem, devemos insistir que continuem", declarou. Segundo Villepin, há uma ampla maioria no Conselho de Segurança da ONU para as inspeções prosseguirem.
"Risco iraquiano"
O chanceler francês afirmou que há um "risco iraquiano" em matéria de armas de destruição em massa e que é necessário que Bagdá "dê respostas claras, em particular sobre as armas químicas e biológicas".
"É importante, entretanto, que o Iraque atenda às exigências da comunidade internacional sobre os cientistas, que precisam ser interrogados sem testemunhas ou sobre os aviões [espiões americanos] U2, que devem sobrevoar o território iraquiano para que a comunidade internacional disponha de todas as informações de que necessita", disse.
Villepin reiterou que o ponto de vista da França: "A força é o último recurso, mas nãos excluímos qualquer possibilidade".
Powell apresentou ontem no Conselho de Segurança da ONU várias fitas de áudio e fotografias que, segundo Washington, mostram que o Iraque continua em "patente violação" das exigências da ONU, possui um programa de armas biológicas e tenta fabricar armas nucleares.
Para o chanceler francês, "as declarações de Colin Powell não deram surpresas maiores nem provas formais".
Otan
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) adiou hoje a decisão sobre quais medidas adotará para proteger a Turquia em caso de guerra no Iraque. Isso prolonga a divisão entre norte-americanos e europeus a respeito do cronograma do possível conflito.
O secretário-geral da organização, George Robertson, disse que, no começo da próxima semana, a aliança militar ocidental deve chegar a um consenso sobre uma lista de providências a serem tomadas.
Há duas semanas, os Estados Unidos haviam apresentado à Otan uma lista mais abrangente com pedido de apoio indireto. O adiamento indica que França, Alemanha e Bélgica, países que haviam bloqueado o pedido norte-americano, não se convenceram com os argumentos apresentados ontem por Powell.
Com agências internacionais
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