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06/02/2003
-
19h03
Políticos e meios de comunicação das nações árabes expressaram dúvidas hoje em relação às provas apresentadas contra o Iraque no Conselho de Segurança da ONU pelo secretário de Estado norte-americano, Collin Powell, mas não duvidaram das intenções bélicas dos EUA.
Só Israel viu no pronunciamento de Powell provas tangíveis da rejeição de Bagdá a se desarmar e, por extensão, a iminência de uma ofensiva norte-americana contra o Iraque.
"Os norte-americanos não apresentaram ao Conselho de Segurança mais que algumas informações das que possuem. Não revelaram as que poderiam ser mais sensíveis", declarou o ex-dirigente dos serviços israelenses de informação, general Amos Malka, para quem a contagem regressiva para a guerra se acelerou. A região passou, segundo ele, de "uma contagem em meses para uma contagem em dias".
O coordenador das atividades israelenses nos territórios palestinos, Amos Gilad, previu a queda do presidente Saddam Hussein, antes do aniversário do líder iraquiano, no dia 28 de abril.
Do lado árabe, embora a hipótese de uma guerra seja levada a sério, havia dúvidas em relação à credibilidade das evidências apresentadas por Powell, para quem Bagdá está de posse de armas proibidas e mantém vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, declarou que as provas eram "insuficientes", devendo ser objeto de verificação por parte da ONU.
O dirigente árabe assegurou, além disso, que "é possível evitar a guerra", ao destacar que "o fato de Powell se dirigir ao Conselho de Segurança demonstra que, apesar de tudo, a ONU é a principal autoridade que deve solucionar o problema".
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Maher, informou que os técnicos da ONU continuam sendo "a referência principal" quando o assunto é o Iraque.
Para Bagdá, a intervenção de Powell teve um único objetivo: "preparar a agressão". Esta era a idéia veiculada pelo jornal oficial Al Qadissiya:"se dependesse deles [dos EUA] [o ataque] aconteceria com toda a segurança".
"O discurso estava cheio de novas mentiras com o objetivo de enganar a opinião pública de todo o mundo e de acalmar seu aborrecimento com o que se transformou em revolta em algumas cidades", dizia o jornal, que reafirmou a determinação dos iraquianos de lutar em caso de guerra.
Desde a noite de ontem, as autoridades iraquianas reagiram com enfado à intervenção de Powell, à qual qualificaram de uma "série de mentiras", de "espetáculo à americana" enquanto prometiam rebater ponto por ponto.
Na Jordânia, o jornal Al Arab Al Yom qualificou o discurso de Powell de "documento débil e nada convincente".
O jornal sírio "Al Baath", que controla o partido do mesmo nome, opinou que "Powell apresentou hipóteses e avaliações pessoais formuladas numa linguagem agressiva".
"No melhor dos casos, contém informações não-confirmadas que necessitam ser estudadas pelos inspetores da ONU de maneira objetiva", afirmou o diário.
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Países árabes duvidam das "provas" apresentadas por Powell
da France Presse, no CairoPolíticos e meios de comunicação das nações árabes expressaram dúvidas hoje em relação às provas apresentadas contra o Iraque no Conselho de Segurança da ONU pelo secretário de Estado norte-americano, Collin Powell, mas não duvidaram das intenções bélicas dos EUA.
Só Israel viu no pronunciamento de Powell provas tangíveis da rejeição de Bagdá a se desarmar e, por extensão, a iminência de uma ofensiva norte-americana contra o Iraque.
"Os norte-americanos não apresentaram ao Conselho de Segurança mais que algumas informações das que possuem. Não revelaram as que poderiam ser mais sensíveis", declarou o ex-dirigente dos serviços israelenses de informação, general Amos Malka, para quem a contagem regressiva para a guerra se acelerou. A região passou, segundo ele, de "uma contagem em meses para uma contagem em dias".
O coordenador das atividades israelenses nos territórios palestinos, Amos Gilad, previu a queda do presidente Saddam Hussein, antes do aniversário do líder iraquiano, no dia 28 de abril.
Do lado árabe, embora a hipótese de uma guerra seja levada a sério, havia dúvidas em relação à credibilidade das evidências apresentadas por Powell, para quem Bagdá está de posse de armas proibidas e mantém vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, declarou que as provas eram "insuficientes", devendo ser objeto de verificação por parte da ONU.
O dirigente árabe assegurou, além disso, que "é possível evitar a guerra", ao destacar que "o fato de Powell se dirigir ao Conselho de Segurança demonstra que, apesar de tudo, a ONU é a principal autoridade que deve solucionar o problema".
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Maher, informou que os técnicos da ONU continuam sendo "a referência principal" quando o assunto é o Iraque.
Para Bagdá, a intervenção de Powell teve um único objetivo: "preparar a agressão". Esta era a idéia veiculada pelo jornal oficial Al Qadissiya:"se dependesse deles [dos EUA] [o ataque] aconteceria com toda a segurança".
"O discurso estava cheio de novas mentiras com o objetivo de enganar a opinião pública de todo o mundo e de acalmar seu aborrecimento com o que se transformou em revolta em algumas cidades", dizia o jornal, que reafirmou a determinação dos iraquianos de lutar em caso de guerra.
Desde a noite de ontem, as autoridades iraquianas reagiram com enfado à intervenção de Powell, à qual qualificaram de uma "série de mentiras", de "espetáculo à americana" enquanto prometiam rebater ponto por ponto.
Na Jordânia, o jornal Al Arab Al Yom qualificou o discurso de Powell de "documento débil e nada convincente".
O jornal sírio "Al Baath", que controla o partido do mesmo nome, opinou que "Powell apresentou hipóteses e avaliações pessoais formuladas numa linguagem agressiva".
"No melhor dos casos, contém informações não-confirmadas que necessitam ser estudadas pelos inspetores da ONU de maneira objetiva", afirmou o diário.
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