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10/02/2003
-
08h52
O inspetor-chefe de armas da ONU (Organização das Nações Unidas), Hans Blix, disse hoje que não viu provas novas em um documento entregue por Bagdá a ele no fim de semana sobre armas de destruição em massa iraquianas.
"Desta vez, eles apresentaram alguns documentos para nós concentrados em novos assuntos. Não há provas novas, pelo que pude ver, mas ainda assim eles se concentraram em novos assuntos e isso é bem-vindo", afirmou Blix na chegada a Atenas após visitar Bagdá.
O inspetor-chefe disse ainda que a cooperação iraquiana, e não o número de inspetores, era a peça-chave para responder se o país possui ou não armas de destruição em massa.
Plano franco-alemão
No sábado (8), a revista alemã "Der Spiegel" informou que a França e a Alemanha trabalham em um plano de desarmamento do Iraque sem um confronto armado, que foi classificado como "alternativa pacífica" ao conflito.
Pelo plano, os oficiais da ONU supervisionariam o desarmamento do Iraque. Seria também criada uma área de proibição de vôos sobre todo o território iraquiano. Aviões Mirage IV franceses apoiariam o trabalho dos inspetores da ONU. O plano franco-alemão pode ser submetido ao Conselho de Segurança da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, rejeitou apoio de seu país ao plano e cobrou da ONU uma atitude mais ativa em relação ao Iraque.
No fim de semana também ocorreram diversas manifestações contrárias à guerra. O papa João Paulo 2º pediu ao mundo que não se conforme com a possibilidade de conflito armado no Iraque e insistiu que o conflito ainda pode ser evitado. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse nos EUA que os americanos não deveriam agir unilateralmente e aguardar os trabalhos dos inspetores da entidade.
Manifestações na Alemanha, com pelo menos 25 mil pessoas, tomaram a Conferência sobre Segurança, em Munique (sul do país), onde estava o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld.
Mais de 700 mulheres australianas ficaram nuas em protesto contra o provável envolvimento do seu país no caso de uma guerra entre Estados Unidos e Iraque. Deitadas na grama em Byron Bay, elas formaram um coração em torno das palavras "No War" (não à guerra, em inglês). Em Nova York, algumas mulheres também nuas deitaram no gelo formando a frase "No Bush" (não a Bush, em inglês).
Bush prepara EUA para guerra
O presidente norte-americano, George W. Bush, alertou os norte-americanos no sábado, em seu pronunciamento semanal transmitido por rádio, para a possibilidade de os EUA atacarem o Iraque sem ajuda de outros países caso a ONU decida não tomar atitude.
Em seu pronunciamento, Bush também acusou o Iraque de vender armas de destruição em massa para terroristas. Esse foi mais um argumento de Bush para convencer a comunidade internacional a apoiar uma ação militar contra o país de Saddam Hussein.
Na sexta-feira (14), os chefes dos inspetores de armas da ONU devem entregar um novo relatório ao Conselho de Segurança.
Com agências internacionais
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Inspetor-chefe da ONU não vê novas provas em papéis iraquianos
da Folha OnlineO inspetor-chefe de armas da ONU (Organização das Nações Unidas), Hans Blix, disse hoje que não viu provas novas em um documento entregue por Bagdá a ele no fim de semana sobre armas de destruição em massa iraquianas.
"Desta vez, eles apresentaram alguns documentos para nós concentrados em novos assuntos. Não há provas novas, pelo que pude ver, mas ainda assim eles se concentraram em novos assuntos e isso é bem-vindo", afirmou Blix na chegada a Atenas após visitar Bagdá.
O inspetor-chefe disse ainda que a cooperação iraquiana, e não o número de inspetores, era a peça-chave para responder se o país possui ou não armas de destruição em massa.
Plano franco-alemão
No sábado (8), a revista alemã "Der Spiegel" informou que a França e a Alemanha trabalham em um plano de desarmamento do Iraque sem um confronto armado, que foi classificado como "alternativa pacífica" ao conflito.
Pelo plano, os oficiais da ONU supervisionariam o desarmamento do Iraque. Seria também criada uma área de proibição de vôos sobre todo o território iraquiano. Aviões Mirage IV franceses apoiariam o trabalho dos inspetores da ONU. O plano franco-alemão pode ser submetido ao Conselho de Segurança da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, rejeitou apoio de seu país ao plano e cobrou da ONU uma atitude mais ativa em relação ao Iraque.
No fim de semana também ocorreram diversas manifestações contrárias à guerra. O papa João Paulo 2º pediu ao mundo que não se conforme com a possibilidade de conflito armado no Iraque e insistiu que o conflito ainda pode ser evitado. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse nos EUA que os americanos não deveriam agir unilateralmente e aguardar os trabalhos dos inspetores da entidade.
Manifestações na Alemanha, com pelo menos 25 mil pessoas, tomaram a Conferência sobre Segurança, em Munique (sul do país), onde estava o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld.
Mais de 700 mulheres australianas ficaram nuas em protesto contra o provável envolvimento do seu país no caso de uma guerra entre Estados Unidos e Iraque. Deitadas na grama em Byron Bay, elas formaram um coração em torno das palavras "No War" (não à guerra, em inglês). Em Nova York, algumas mulheres também nuas deitaram no gelo formando a frase "No Bush" (não a Bush, em inglês).
Bush prepara EUA para guerra
O presidente norte-americano, George W. Bush, alertou os norte-americanos no sábado, em seu pronunciamento semanal transmitido por rádio, para a possibilidade de os EUA atacarem o Iraque sem ajuda de outros países caso a ONU decida não tomar atitude.
Em seu pronunciamento, Bush também acusou o Iraque de vender armas de destruição em massa para terroristas. Esse foi mais um argumento de Bush para convencer a comunidade internacional a apoiar uma ação militar contra o país de Saddam Hussein.
Na sexta-feira (14), os chefes dos inspetores de armas da ONU devem entregar um novo relatório ao Conselho de Segurança.
Com agências internacionais
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