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13/02/2003
-
02h40
A violência voltou a tomar conta das ruas de La Paz na noite desta quarta-feira, quando vários grupos atacaram lojas e agências bancárias, enquanto os bombeiros tentavam apagar um incêndio na sede do ministério do Desenvolvimento Sustentável.
As forças militares tentavam dispersar as pessoas com bombas de gás lacrimogêneo e tiros durante a confusão provocada pelos saqueadores, muitos deles embriagados, ao final de uma violenta jornada que deixou cerca de 16 mortos e mais de 80 feridos na capital boliviana.
Após algumas horas de calma aparente, os distúrbios retornaram às ruas de La Paz, com muitos saqueadores aproveitando a confusão para atacar as lojas.
A fachada do prédio da Cervejaria Boliviana Nacional, adquirida pela cervejaria argentina Quilmes, foi incendiada por manifestantes, que desafiaram as tropas do Exército que protegiam o local.
O prédio do ministério do Desenvolvimento Sustentável foi atacado por uma multidão, como também ocorreu com a sede do Banco Mercantil e vários caixas eletrônicos.
Grupos de jovens bêbados atacavam lojas em diversos bairros de La Paz, enfrentando a reação dos comerciantes com paus e pedras.
Os presos da Penitenciária de San Pedro, no centro de La Paz, atearam fogo no prédio e exigem libertação imediata.
Na cidade de El Alto, vizinha a La Paz, grupos de manifestantes destruíram os escritórios da Àguas del Illimani, filial da francesa Lyonesse des Eaux, e parte do pedágio da estrada que leva ao Aeroporto Internacional.
Para evitar maiores distúrbios, o governo ordenou a suspensão das atividades públicas, das aulas nos colégios de todo o país e decretou feriado bancário.
O gabinete boliviano estava reunido agora a noite, com o governo reafirmando seu apelo ao diálogo e a pacificação do país, segundo o porta-voz presidencial, Mauricio Antezana.
A Central Operária Boliviana (COB) manteve a convocação para uma greve geral nesta quinta-feira, para exigir a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada.
O líder da oposição, Evo Morales, também pediu que os manifestantes bloqueiem as estradas de todo o país para exigir a saída do presidente.
Os distúrbios de hoje foram provocados pelo confronto entre policiais grevistas e tropas do Exército, após o governo anunciar a aplicação de um imposto direto de 12,5% sobre os salários dos bolivianos, medida que foi revogada horas depois por Sánchez de Lozada para evitar mais violência.
Durante a tarde, uma multidão colocou fogo na sede da vice-presidência boliviana, um prédio localizado a 200 metros do palácio presidencial de Quemado.
O edifício guarda um arquivo histórico e a maior hemeroteca do país. Nenhum dos 40 funcionários estava no local no momento do ataque.
Os agressores, a maioria adolescentes de origem humilde, atearam fogo no prédio enquanto gritavam palavras de ordem contra o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada. Eles também saquearam e apedrejaram o local.
A mesma sorte teve um escritório do Ministério do Trabalho, a duas quadras dali, e a sede da populista Unidade Cívica Solidaridade (UCS), ligada ao governo.
A multidão também incendiou a sede do social democrata MIR (Movimento da Esquerda Revolucionária) _do ex-presidente Jaime Paz Zamora, aliado de Sánchez de Lozada_ localizada em um subúrbio de La Paz.
Outro grupo invadiu a sede do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), de Sánchez de Lozada, e incendiou o local, depois de saqueá-lo.
O hospital público de La Paz divulgou que nove policiais foram mortos a tiros. Também confirmou a morte de um civil. Outros dois corpos de policiais mortos estavam sendo velados no quartel do batalhão de choque, onde o comandante da Polícia, general Edgar Pardo, chorou diante dos caixões e, em uma mistura de protesto e impotência, arrancou o uniforme e prometeu aos subordinados que eles "terão tudo o que precisarem".
Boletins da clínica militar, no bairro Miraflores, deram conta de dois militares mortos nos confrontos da tarde na Praça de Armas de La Paz.
A violência se espalhou por outras cidades, segundo reportagens transmitidas ao vivo pela TV, principalmente Santa Cruz e Cochabamba, epicentro de um recente conflito com os plantadores de coca.
Violentos protestos deixaram cerca de 16 mortos em La Paz
da France Presse, em La PazA violência voltou a tomar conta das ruas de La Paz na noite desta quarta-feira, quando vários grupos atacaram lojas e agências bancárias, enquanto os bombeiros tentavam apagar um incêndio na sede do ministério do Desenvolvimento Sustentável.
As forças militares tentavam dispersar as pessoas com bombas de gás lacrimogêneo e tiros durante a confusão provocada pelos saqueadores, muitos deles embriagados, ao final de uma violenta jornada que deixou cerca de 16 mortos e mais de 80 feridos na capital boliviana.
Após algumas horas de calma aparente, os distúrbios retornaram às ruas de La Paz, com muitos saqueadores aproveitando a confusão para atacar as lojas.
A fachada do prédio da Cervejaria Boliviana Nacional, adquirida pela cervejaria argentina Quilmes, foi incendiada por manifestantes, que desafiaram as tropas do Exército que protegiam o local.
O prédio do ministério do Desenvolvimento Sustentável foi atacado por uma multidão, como também ocorreu com a sede do Banco Mercantil e vários caixas eletrônicos.
Grupos de jovens bêbados atacavam lojas em diversos bairros de La Paz, enfrentando a reação dos comerciantes com paus e pedras.
Os presos da Penitenciária de San Pedro, no centro de La Paz, atearam fogo no prédio e exigem libertação imediata.
Na cidade de El Alto, vizinha a La Paz, grupos de manifestantes destruíram os escritórios da Àguas del Illimani, filial da francesa Lyonesse des Eaux, e parte do pedágio da estrada que leva ao Aeroporto Internacional.
Para evitar maiores distúrbios, o governo ordenou a suspensão das atividades públicas, das aulas nos colégios de todo o país e decretou feriado bancário.
O gabinete boliviano estava reunido agora a noite, com o governo reafirmando seu apelo ao diálogo e a pacificação do país, segundo o porta-voz presidencial, Mauricio Antezana.
A Central Operária Boliviana (COB) manteve a convocação para uma greve geral nesta quinta-feira, para exigir a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada.
O líder da oposição, Evo Morales, também pediu que os manifestantes bloqueiem as estradas de todo o país para exigir a saída do presidente.
Os distúrbios de hoje foram provocados pelo confronto entre policiais grevistas e tropas do Exército, após o governo anunciar a aplicação de um imposto direto de 12,5% sobre os salários dos bolivianos, medida que foi revogada horas depois por Sánchez de Lozada para evitar mais violência.
Durante a tarde, uma multidão colocou fogo na sede da vice-presidência boliviana, um prédio localizado a 200 metros do palácio presidencial de Quemado.
O edifício guarda um arquivo histórico e a maior hemeroteca do país. Nenhum dos 40 funcionários estava no local no momento do ataque.
Os agressores, a maioria adolescentes de origem humilde, atearam fogo no prédio enquanto gritavam palavras de ordem contra o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada. Eles também saquearam e apedrejaram o local.
A mesma sorte teve um escritório do Ministério do Trabalho, a duas quadras dali, e a sede da populista Unidade Cívica Solidaridade (UCS), ligada ao governo.
A multidão também incendiou a sede do social democrata MIR (Movimento da Esquerda Revolucionária) _do ex-presidente Jaime Paz Zamora, aliado de Sánchez de Lozada_ localizada em um subúrbio de La Paz.
Outro grupo invadiu a sede do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), de Sánchez de Lozada, e incendiou o local, depois de saqueá-lo.
O hospital público de La Paz divulgou que nove policiais foram mortos a tiros. Também confirmou a morte de um civil. Outros dois corpos de policiais mortos estavam sendo velados no quartel do batalhão de choque, onde o comandante da Polícia, general Edgar Pardo, chorou diante dos caixões e, em uma mistura de protesto e impotência, arrancou o uniforme e prometeu aos subordinados que eles "terão tudo o que precisarem".
Boletins da clínica militar, no bairro Miraflores, deram conta de dois militares mortos nos confrontos da tarde na Praça de Armas de La Paz.
A violência se espalhou por outras cidades, segundo reportagens transmitidas ao vivo pela TV, principalmente Santa Cruz e Cochabamba, epicentro de um recente conflito com os plantadores de coca.
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