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13/02/2003 - 15h08

Novos confrontos deixam seis feridos em La Paz

da Folha Online

Pelo menos seis pessoas foram feridas a tiros durante os protestos de trabalhadores na cidade de La Paz, em meio a uma ampla mobilização de militares para a proteção da Plaza Murillo, sede dos poderes Legislativo e Executivo, segundo fontes médicas.

Os feridos, que incluem um jornalista, foram atingidos durante incidentes com os militares que tentavam dispersar os trabalhadores que se manifestavam no centro de La Paz, gritando frases contra o governo e lançando bombas. As vítimas foram levadas para dois hospitais da cidade.

Em outro incidente, um indígena cocaleiro morreu e três ficaram feridos nos choques de hoje entre produtores de coca e tropas do Exército na região central de Chapare (600 km de La Paz) pelo controle da rota Cochabamba-Santa Cruz, informou o líder opositor Evo Morales.

O cocaleiro Juan Carlos Castro foi baleado pelas tropas na região de Entre Ríos enquanto levantava barricadas na estrada para protestar contra a política econômica e social do governo, acrescentou.

O governo da Bolívia e a polícia amotinada -que reivindica melhores salários- firmaram hoje um acordo de "paz e restituição do estado de direito no país", depois que confrontos em La Paz deixaram ontem 16 mortos e cerca e 80 feridos.

Violência

Ontem, a violência tomou conta das ruas de La Paz, quando vários grupos atacaram lojas e agências bancárias, enquanto os bombeiros tentavam apagar um incêndio na sede do ministério do Desenvolvimento Sustentável.

As forças militares tentavam dispersar as pessoas com bombas de gás lacrimogêneo e tiros durante a confusão provocada pelos saqueadores, muitos deles embriagados, ao final de uma violenta jornada que deixou cerca de 16 mortos e mais de 80 feridos na capital boliviana.

Após algumas horas de calma aparente, os distúrbios retornaram às ruas de La Paz, com muitos saqueadores aproveitando a confusão para atacar as lojas.

A fachada do prédio da Cervejaria Boliviana Nacional, adquirida pela cervejaria argentina Quilmes, foi incendiada por manifestantes, que desafiaram as tropas do Exército que protegiam o local.

O prédio do Ministério do Desenvolvimento Sustentável foi atacado por uma multidão, como também ocorreu com a sede do Banco Mercantil e vários caixas eletrônicos.

Grupos de jovens bêbados atacavam lojas em diversos bairros de La Paz, enfrentando a reação dos comerciantes com paus e pedras.

Os presos da Penitenciária de San Pedro, no centro de La Paz, atearam fogo no prédio e exigem libertação imediata.

Na cidade de El Alto, vizinha a La Paz, grupos de manifestantes destruíram os escritórios da Águas del Illimani, filial da francesa Lyonesse des Eaux, e parte do pedágio da estrada que leva ao Aeroporto Internacional.

Para evitar maiores distúrbios, o governo ordenou a suspensão das atividades públicas, das aulas nos colégios de todo o país e decretou feriado bancário.

A Central Operária Boliviana (COB) manteve a convocação para uma greve geral para hoje, para exigir a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada.

O líder da oposição, Evo Morales, também pediu que os manifestantes bloqueiem as estradas de todo o país para exigir a saída do presidente.

Com agências internacionais


 

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