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13/02/2003
-
18h17
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse hoje que seu país não tem meios para atacar Israel no caso de uma guerra liderada pelos Estados Unidos.
Questionado se o Iraque iria se voltar contra Israel em caso de ataque dos Estados Unidos, Aziz disse: "Nós não temos os meios para atacar Israel. Nós tínhamos [os meios] em 1991, mas não os temos hoje".
"Nós não podemos falar em represálias quando não temos os meios", acrescentou ele, falando de Roma (Itália), em uma entrevista para a rede de TV francesa France 2.
O Ministério da Defesa de Israel avisou os israelenses hoje para estocarem comida e água ante a possibilidade de uma guerra no Iraque.
"A chance de que algo aconteça aqui é muito pequena, mas temos de nos preparar para todas as possibilidades", disse à Rádio Israel Amos Yaron, diretor-geral do ministério.
Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque lançou contra Israel 39 mísseis Scud armados com ogivas convencionais, causando danos consideráveis em áreas residenciais e matando uma pessoa.
Míssil
Aziz também rejeitou a denúncia de um relatório de especialistas independentes de que os mísseis Al Samoud 2 excediam em 40 quilômetros o limite de alcance de 150 quilômetros estabelecido pelas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Todos nossos mísseis de longa distância foram destruídos", disse à France 2.
Aziz afirmou ainda que o presidente do Iraque, Saddam Hussein, não vai para o exílio, como sugeriram os Estados Unidos.
"O presidente Saddam Hussein nasceu no Iraque, nós nascemos no Iraque. Vamos continuar no Iraque até o último minuto de nossas vidas, de nossa existência", disse.
"Se formos atacados, vamos lutar até o último minuto de nossa existência", completou.
O vice-primeiro-ministro iraquiano encontrou-se com o papa João Paulo 2º em Roma para angariar apoio a Bagdá contra uma possível guerra.
Mudanças na região
O chefe do Estado-Maior israelense, general Moshe Yaalon, disse na terça-feira (11) que os Estados Unidos atacarão o Iraque "nas próximas semanas".
Ele também estimou que a ofensiva norte-americana provocará mudanças radicais na região. "Toda a região espera esse ataque. Ele tem o potencial de mudar a estrutura geopolítica da região", afirmou o general, comparando o impacto da ofensiva norte-americana a "um terremoto".
"Estamos falando em derrubar um regime árabe mediante uma política norte-americana _após os atentados de 11 de setembro, nos EUA _que diz que qualquer regime irresponsável que tenta obter armas não-convencionais ou protege terroristas é ilegítimo e deve ser derrubado", destacou.
Os EUA já tomaram providências para retirar funcionários não-essenciais e as famílias de diplomatas das embaixadas norte-americanas no Oriente Médio, à medida que suas tropas entram na região.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Aziz diz que Iraque não tem meios para atacar Israel
da Folha OnlineO vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse hoje que seu país não tem meios para atacar Israel no caso de uma guerra liderada pelos Estados Unidos.
Reuters - 11.out.2002 |
Tareq Aziz, vice-primeiro-ministro do Iraque |
"Nós não podemos falar em represálias quando não temos os meios", acrescentou ele, falando de Roma (Itália), em uma entrevista para a rede de TV francesa France 2.
O Ministério da Defesa de Israel avisou os israelenses hoje para estocarem comida e água ante a possibilidade de uma guerra no Iraque.
"A chance de que algo aconteça aqui é muito pequena, mas temos de nos preparar para todas as possibilidades", disse à Rádio Israel Amos Yaron, diretor-geral do ministério.
Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque lançou contra Israel 39 mísseis Scud armados com ogivas convencionais, causando danos consideráveis em áreas residenciais e matando uma pessoa.
Míssil
Aziz também rejeitou a denúncia de um relatório de especialistas independentes de que os mísseis Al Samoud 2 excediam em 40 quilômetros o limite de alcance de 150 quilômetros estabelecido pelas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Todos nossos mísseis de longa distância foram destruídos", disse à France 2.
Aziz afirmou ainda que o presidente do Iraque, Saddam Hussein, não vai para o exílio, como sugeriram os Estados Unidos.
"O presidente Saddam Hussein nasceu no Iraque, nós nascemos no Iraque. Vamos continuar no Iraque até o último minuto de nossas vidas, de nossa existência", disse.
"Se formos atacados, vamos lutar até o último minuto de nossa existência", completou.
O vice-primeiro-ministro iraquiano encontrou-se com o papa João Paulo 2º em Roma para angariar apoio a Bagdá contra uma possível guerra.
Mudanças na região
O chefe do Estado-Maior israelense, general Moshe Yaalon, disse na terça-feira (11) que os Estados Unidos atacarão o Iraque "nas próximas semanas".
Ele também estimou que a ofensiva norte-americana provocará mudanças radicais na região. "Toda a região espera esse ataque. Ele tem o potencial de mudar a estrutura geopolítica da região", afirmou o general, comparando o impacto da ofensiva norte-americana a "um terremoto".
"Estamos falando em derrubar um regime árabe mediante uma política norte-americana _após os atentados de 11 de setembro, nos EUA _que diz que qualquer regime irresponsável que tenta obter armas não-convencionais ou protege terroristas é ilegítimo e deve ser derrubado", destacou.
Os EUA já tomaram providências para retirar funcionários não-essenciais e as famílias de diplomatas das embaixadas norte-americanas no Oriente Médio, à medida que suas tropas entram na região.
Com agências internacionais
Especial
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