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13/02/2003 - 18h17

Aziz diz que Iraque não tem meios para atacar Israel

da Folha Online

O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse hoje que seu país não tem meios para atacar Israel no caso de uma guerra liderada pelos Estados Unidos.

Reuters - 11.out.2002
Tareq Aziz, vice-primeiro-ministro do Iraque
Questionado se o Iraque iria se voltar contra Israel em caso de ataque dos Estados Unidos, Aziz disse: "Nós não temos os meios para atacar Israel. Nós tínhamos [os meios] em 1991, mas não os temos hoje".

"Nós não podemos falar em represálias quando não temos os meios", acrescentou ele, falando de Roma (Itália), em uma entrevista para a rede de TV francesa France 2.

O Ministério da Defesa de Israel avisou os israelenses hoje para estocarem comida e água ante a possibilidade de uma guerra no Iraque.

"A chance de que algo aconteça aqui é muito pequena, mas temos de nos preparar para todas as possibilidades", disse à Rádio Israel Amos Yaron, diretor-geral do ministério.

Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque lançou contra Israel 39 mísseis Scud armados com ogivas convencionais, causando danos consideráveis em áreas residenciais e matando uma pessoa.

Míssil

Aziz também rejeitou a denúncia de um relatório de especialistas independentes de que os mísseis Al Samoud 2 excediam em 40 quilômetros o limite de alcance de 150 quilômetros estabelecido pelas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Todos nossos mísseis de longa distância foram destruídos", disse à France 2.

Aziz afirmou ainda que o presidente do Iraque, Saddam Hussein, não vai para o exílio, como sugeriram os Estados Unidos.

"O presidente Saddam Hussein nasceu no Iraque, nós nascemos no Iraque. Vamos continuar no Iraque até o último minuto de nossas vidas, de nossa existência", disse.

"Se formos atacados, vamos lutar até o último minuto de nossa existência", completou.

O vice-primeiro-ministro iraquiano encontrou-se com o papa João Paulo 2º em Roma para angariar apoio a Bagdá contra uma possível guerra.

Mudanças na região

O chefe do Estado-Maior israelense, general Moshe Yaalon, disse na terça-feira (11) que os Estados Unidos atacarão o Iraque "nas próximas semanas".

Ele também estimou que a ofensiva norte-americana provocará mudanças radicais na região. "Toda a região espera esse ataque. Ele tem o potencial de mudar a estrutura geopolítica da região", afirmou o general, comparando o impacto da ofensiva norte-americana a "um terremoto".

"Estamos falando em derrubar um regime árabe mediante uma política norte-americana _após os atentados de 11 de setembro, nos EUA _que diz que qualquer regime irresponsável que tenta obter armas não-convencionais ou protege terroristas é ilegítimo e deve ser derrubado", destacou.

Os EUA já tomaram providências para retirar funcionários não-essenciais e as famílias de diplomatas das embaixadas norte-americanas no Oriente Médio, à medida que suas tropas entram na região.

Com agências internacionais

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