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20/02/2003 - 09h05

Irã envia opositores iraquianos ao norte do Iraque, diz jornal

da Folha Online

Mais de 5.000 opositores iraquianos apoiados pelo Irã entraram no norte do Iraque com o objetivo de vigiar a fronteira em caso de guerra, segundo informações divulgadas hoje pelo jornal britânico "The Financial Times", que cita como fonte autoridades iranianas.

Segundo o jornal, essas tropas, bem armadas, estariam seguindo as ordens do aiatolá Mohammed Baqir al Hakim, da oposição xiita baseada no Irã. Hakim vive no Irã desde 1980.

A Brigada Badr, do aiatolá Hakim, teria sido treinada e armada no Irã por soldados da Revolução Iraniana de 1979 [na qual militantes conseguiram derrubar um regime aliado dos EUA e criar uma teocracia islâmica antiamericana], afirma o jornal.

O Departamento de Estado dos EUA disse que havia recebido informações de que parte da brigada de Hakim teria se movido para o norte do Iraque, mas não fez nenhum comentário sobre o assunto. De acordo com o jornal, analistas disseram que a administração do governo de George W. Bush está preocupada com esse novo elemento na região que, em poucos dias, pode se transformar em um novo palco de guerra.



Forças turcas também encontram-se há alguns anos estacionadas no norte do Iraque e devem ser reforçadas nos próximos meses. A Turquia diz que a medida visa evitar a desintegração do Iraque.

A liderança turca teme que os curdos do norte iraquiano usem o conflito armado para fundarem um Estado independente ali. A independência, segundo a Turquia, alimentaria o movimento de separatistas curdos dentro de seu próprio país.

Oficiais do Irã insistem que a presença dessas forças no norte iraquiano é designada para a defesa, mas essa nova presença no local aumenta as preocupação dos EUA e também do mundo árabe de que esse grupo permaneça de forma definitiva na região.

Anteriormente, as tropas do aiatolá Hakim estavam baseadas no sul do Irã, na fronteira como Iraque. Dois meses atrás, essas tropas começaram a se movimentar para o norte do iraque, região governada pelo Partido Democrático do Curdistão, um dos dois partidos que controlam a área.

O poder é dividido com o Partido Democrático do Curdistão. Desde 1970, a região curda tem autonomia relativa e, depois da repressão do presidente Saddam Hussein ao fim da Guerra do Golfo (1991), está protegida pela zona de exclusão aérea ocidental [local onde aviões iraquianos estão proibidos de voar]. Há áreas ricas em petróleo que os dois partidos pretendem controlar.

Com agências internacionais
 

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