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22/02/2003
-
03h45
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, pediu pela primeira vez, de maneira formal, que o Brasil reconheça as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como um grupo terrorista, disse o Itamaraty. Segundo a Chancelaria, chegou ontem uma carta de Uribe datada do dia 8 para o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Até o fechamento desta edição, Lula não recebera o documento.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, o Brasil terá dificuldade em classificar as Farc como grupo terrorista, pois não existe nenhuma lista no país de organizações desse tipo. O país, no entanto, vai continuar condenando e repudiando ações da guerrilha, como o atentado em Bogotá do último dia 7, que matou 36 pessoas, e considerá-las como ataques terroristas.
Uribe já divulgara uma carta, no dia 12, no site da Presidência, conclamando os países vizinhos da Colômbia a considerarem as Farc um grupo terrorista. Mas o documento não foi considerado um pedido formal ao governo brasileiro.
Nesta semana, a ministra de Defesa da Colômbia, Martha Lucía Ramírez, afirmou que o seu governo insistiria para que os vizinhos considerassem as Farc um grupo terrorista.
O Brasil, embora não tenha classificado o grupo como terrorista, aprovou recente declaração da OEA (Organização dos Estados Americanos) na qual as Farc são citadas e o atentado do dia 7 foi considerado um ato terrorista. Foi a primeira vez que a OEA citou a guerrilha nominalmente numa declaração. No ano passado, os EUA já haviam pedido ao Brasil e a outros países que chamassem as Farc de terroristas.
Itamaraty diz que pedido contra as Farc chegou ontem
ANDRÉ SOLIANIda Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, pediu pela primeira vez, de maneira formal, que o Brasil reconheça as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como um grupo terrorista, disse o Itamaraty. Segundo a Chancelaria, chegou ontem uma carta de Uribe datada do dia 8 para o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Até o fechamento desta edição, Lula não recebera o documento.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, o Brasil terá dificuldade em classificar as Farc como grupo terrorista, pois não existe nenhuma lista no país de organizações desse tipo. O país, no entanto, vai continuar condenando e repudiando ações da guerrilha, como o atentado em Bogotá do último dia 7, que matou 36 pessoas, e considerá-las como ataques terroristas.
Uribe já divulgara uma carta, no dia 12, no site da Presidência, conclamando os países vizinhos da Colômbia a considerarem as Farc um grupo terrorista. Mas o documento não foi considerado um pedido formal ao governo brasileiro.
Nesta semana, a ministra de Defesa da Colômbia, Martha Lucía Ramírez, afirmou que o seu governo insistiria para que os vizinhos considerassem as Farc um grupo terrorista.
O Brasil, embora não tenha classificado o grupo como terrorista, aprovou recente declaração da OEA (Organização dos Estados Americanos) na qual as Farc são citadas e o atentado do dia 7 foi considerado um ato terrorista. Foi a primeira vez que a OEA citou a guerrilha nominalmente numa declaração. No ano passado, os EUA já haviam pedido ao Brasil e a outros países que chamassem as Farc de terroristas.
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