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22/02/2003
-
09h08
Dois palestinos foram mortos hoje a tiros por soldados israelenses na cidade histórica de Nablus (norte da Cisjordânia), afirmam autoridades dos serviços de segurança palestinos.
Sami Halaui, 43, morreu perto de sua casa quando o Exército israelense, que desde quinta-feira (20) realiza uma grande operação na cidade antiga de Nablus para capturar palestinos procurados, impunha toque de recolher, afirmaram as mesmas fontes.
Walid el Masri, 23, recebeu vários disparos no peito quando estava perto da parte antiga de Nablus, segundo a mesma fonte.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-cidades_ocupadas_270.gif)
Ao menos 27 palestinos já morreram por causa da violência desde sábado (15), quando palestinos explodiram um tanque israelense, matando quatro soldados.
Israel diz que as incursões visam combater o terror. "A liderança palestina deve decidir: estão combatendo o terrorismo ou apoiando o terrorismo?", disse um porta-voz da chancelaria.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu à ONU (Organização das Nações Unidas) que condenasse as incursões israelenses. "Já é hora de o Conselho de Segurança condenar o massacre de civis palestinos", disse um comunicado da ANP. "O governo israelense aproveita a situação internacional para cometer crimes de guerra contra o povo palestino."
A onda de violência ameaça os esforços para um acordo de cessar-fogo após quase 29 meses de Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense). Ao menos 1.856 palestinos e 705 israelenses já foram mortos no período.
Intifada
Saeb Erekat, principal negociador palestino, afirmou ontem que a direção palestina decidiu "desmilitarizar" a Intifada durante um ano.
"A direção palestina e o Fatah, o movimento do dirigente Iasser Arafat e membro da OLP [Organização para a Libertação da Palestina], estão de acordo em [declarar] uma trégua de um ano, [opção] que já havia sido contemplada no documento do Cairo", disse Erekat.
O responsável palestino fez referência a uma proposta da direção palestina, apoiada pelo Egito, que havia sido previamente rechaçada pelos movimentos radicais palestinos, durante uma reunião no Cairo em janeiro.
Segundo fontes palestinas, a "desmilitarização" significará tanto o fim dos atentados em território israelense quanto a interrupção dos ataques contra os colonos e os soldados israelenses nos territórios reocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Com agências internacionais
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Soldados israelenses matam dois palestinos em Nablus
da Folha OnlineDois palestinos foram mortos hoje a tiros por soldados israelenses na cidade histórica de Nablus (norte da Cisjordânia), afirmam autoridades dos serviços de segurança palestinos.
Sami Halaui, 43, morreu perto de sua casa quando o Exército israelense, que desde quinta-feira (20) realiza uma grande operação na cidade antiga de Nablus para capturar palestinos procurados, impunha toque de recolher, afirmaram as mesmas fontes.
Walid el Masri, 23, recebeu vários disparos no peito quando estava perto da parte antiga de Nablus, segundo a mesma fonte.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-cidades_ocupadas_270.gif)
Ao menos 27 palestinos já morreram por causa da violência desde sábado (15), quando palestinos explodiram um tanque israelense, matando quatro soldados.
Israel diz que as incursões visam combater o terror. "A liderança palestina deve decidir: estão combatendo o terrorismo ou apoiando o terrorismo?", disse um porta-voz da chancelaria.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu à ONU (Organização das Nações Unidas) que condenasse as incursões israelenses. "Já é hora de o Conselho de Segurança condenar o massacre de civis palestinos", disse um comunicado da ANP. "O governo israelense aproveita a situação internacional para cometer crimes de guerra contra o povo palestino."
A onda de violência ameaça os esforços para um acordo de cessar-fogo após quase 29 meses de Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense). Ao menos 1.856 palestinos e 705 israelenses já foram mortos no período.
Intifada
Saeb Erekat, principal negociador palestino, afirmou ontem que a direção palestina decidiu "desmilitarizar" a Intifada durante um ano.
"A direção palestina e o Fatah, o movimento do dirigente Iasser Arafat e membro da OLP [Organização para a Libertação da Palestina], estão de acordo em [declarar] uma trégua de um ano, [opção] que já havia sido contemplada no documento do Cairo", disse Erekat.
O responsável palestino fez referência a uma proposta da direção palestina, apoiada pelo Egito, que havia sido previamente rechaçada pelos movimentos radicais palestinos, durante uma reunião no Cairo em janeiro.
Segundo fontes palestinas, a "desmilitarização" significará tanto o fim dos atentados em território israelense quanto a interrupção dos ataques contra os colonos e os soldados israelenses nos territórios reocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Com agências internacionais
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