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07/03/2003 - 12h42

Inspetores da ONU apresentam novo relatório sobre o Iraque

LIGIA BRASLAUSKAS
Editora de Mundo da Folha Online

Os chefes dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas), o sueco Hans Blix e o egípcio Mohammed El Baradei, apresentam um novo relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as inspeções no Iraque. Diferentemente do que os EUA esperavam, o relatório deve dizer que o Iraque tem, sim, cooperado, principalmente depois que deu início à destruição dos mísseis Al Samoud 2, no sábado (1).

O governo iraquiano já destruiu 34 mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km estipulados pela ONU). A informação tem respaldo da ONU. A destruição de mísseis deve continuar, mas o presidente Saddam Hussein disse que o trabalho conjunto entre oficiais do Iraque e inspetores da ONU pode parar se os EUA atacarem o país.

Ontem, durante discurso televisionado, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas deve tomar uma decisão dentro de alguns dias sobre um ataque contra o Iraque. Ademais, o presidente dos EUA voltou a dizer que os EUA podem atacar o país de Saddam Hussein mesmo sem uma aprovação do CS que dê aval para esse tipo de ação.

Bush disse que fazia questão da votação do CS mesmo que o resultado não agradasse o governo dos EUA, referindo-se à responsabilidade que cada um deve ter na hora de aprovar ou não um ataque armado contra o país de Saddam Hussein. "Chegou a hora de todos (os países do CS) mostrarem as suas cartas e revelarem em que posição se colocam em relação a Saddam Hussein", disse.

A apresentação do relatório dos inspetores-chefes da ONU ao CS começou às 12h42 (horário de Brasília). Após os discurso de Blix e El Baradei sobre a cooperação iraquiana, as atenções, principalmente dos EUA e do Reino Unido -que têm o apoio da Espanha e da Bulgária-, vão se voltar às falas dos países-membros que ainda não tomaram uma decisão sobre o tema: Angola, Camarões, Chile, Guiné, México e Paquistão. Leia íntegra no discurso na Folha Online.

No discurso de ontem, Bush voltou a dizer que o Iraque será atacado independentemente da aprovação ou não da nova resolução da ONU.

França, Alemanha e Rússia utilizam toda sua influência para evitar uma guerra contra o Iraque, assegurando que bloquearão uma nova resolução da ONU que estabeleça o recurso à força, como desejam os Estados Unidos. A China também se opõe à aprovação de uma nova resolução que permita uma ação militar contra o Iraque. Síria já anunciou que votará contra.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes podem vetá-la.
 

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