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07/03/2003 - 20h23

Grupos gays do Brasil pedem asilo para homossexuais palestinos

da France Presse, no Rio de Janeiro

O Grupo Gay da Bahia (GGB) e o Grupo de Gays, Lésbicas e Transgêneros Judeus do Brasil pediram hoje ao governo brasileiro a concessão de asilo político a três homossexuais palestinos presos em Israel.

O pedido foi feito por uma carta enviada pelos grupos de homossexuais brasileiros ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os grupos temem a morte dos homossexuais palestinos, informou o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira.

Os três gays palestinos seriam "operários ilegais", segundo a acusação dos israelenses, e estariam ameaçados de transferência para a faixa de Gaza e Cisjordânia. Se isso acontecer, os homossexuais palestinos correm risco de morte, justificaram os gays brasileiros.

Os brasileiros garantiram que os dois principais grupos de homossexuais israelenses -Associação pelos Direitos Humanos de Israel e a Associação de Gays e Lésbicas de Israel- apóiam os palestinos, o que mostra que é possível a convivência pacífica e fraterna entre os dois povos em conflito.

"Mais ainda, que os dois povos podem lutar juntos pelo respeito integral aos direitos humanos, inclusive o direito de livre orientação sexual", afirmou Cerqueira.

O presidente do GGB destacou também que, assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ofereceu asilo político a uma mulher nigeriana acusada de adultério, "nada mais justo que Lula e o 'governo da mudança' tenham a mesma iniciativa humanitária em relação aos homossexuais palestinos".

"Tal atitude demonstraria a boa vontade do governo brasileiro em relação à defesa dos direitos humanos das minorias sexuais", disse Cerqueira.

Os grupos gays do Brasil também sugerem que os três palestinos poderiam viver no Estado da Bahia, sede do GGB, ou em São Paulo, onde está o grupo de homossexuais judeus.
 

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