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10/03/2003 - 08h53

Deputado trabalhista pede a saída "imediata" de Tony Blair

da Folha Online

O decano dos deputados trabalhistas na Câmara dos Comuns britânica, Tan Dalyell, pediu hoje a partida "imediata" do primeiro-ministro Tony Blair, devido a sua política em relação ao Iraque.

"Os Estados Unidos e o Reino Unido estão muito equivocados, acredito que é muito tarde para Tony Blair. Eu quero mudar de primeiro-ministro, buscamos outro político que não seja Tony Blair", declarou Dalyell, durante entrevista à rádio pública francesa France Inter. Ele pediu a saída de Blair "imediatamente".

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

Os EUA e o Reino Unido defendem um ataque militar ao Iraque sob o pretexto de desarmar o país e de tirar o presidente Saddam Hussein do poder, ignorando apelos mundiais contrários a uma possível guerra.

Na sexta-feira (7), os inspetores os chefes dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas), o sueco Hans Blix e o egípcio Mohammed El Baradei, apresentaram de um novo relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as inspeções no Iraque. Diferentemente do que os EUA esperavam, o relatório dise que o Iraque tem, sim, cooperado, principalmente depois que deu início à destruição dos mísseis Al Samoud 2, no sábado (1).

Ontem, o deputado trabalhista Andrew Reed anunciou que abandonava seu posto no gabinete da ministra do Meio Ambiente, Margaret Beckett, embora não tenha renunciado a seu cargo de deputado.

Reed exercia a função de secretário particular parlamentar (Parliamentary Private Secretary, PPS), um trabalho não-remunerado, que constitui o primeiro grau de responsabilidade ministerial.

Esta demissão simbólica expõe o mal-estar que causa entre os trabalhistas a política belicista de Blair.

"É um dos períodos mais difíceis de que me recordo para o Partido Trabalhista, ao qual pertenço há muito tempo", admitiu o deputado Doug Henderson, ex-secretário de Estado para as forças armadas.

O número dois do governo, o vice-ministro John Prescott, negou ontem que Blair seja criticado em seu partido e afirmou que ele exerce sua autoridade e que sua posição "é a que querem os membros do partido e os cidadãos do país".
 

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