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11/03/2003
-
03h29
Autoridades americanas disseram ontem dispor de provas do desrespeito do Iraque à resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU, que obriga o regime de Saddam Hussein a se desarmar.
Para essas autoridades, o relatório dos inspetores da ONU apresentado na semana passada indica a existência de um avião não-tripulado no Iraque que pode ter um alcance bem superior aos 150 km permitidos pela ONU, além de poder levar armas químicas.
Haveria, no mesmo relatório, uma fita de vídeo mostrando o teste de uma bomba que pode espalhar agentes químicos em uma grande área.
Os EUA acusam ainda o Iraque de estar colocando explosivos em campos de extração de petróleo e de estar reutilizando peças de armamentos para construir ogivas químicas. O Iraque nega.
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que as descobertas mostram "que o Iraque não mudou". O chefe dos inspetores da ONU, o sueco Hans Blix, teria, segundo Washington, falhado ao não mencionar o avião não-tripulado e o vídeo na apresentação do relatório ao Conselho de Segurança.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou que deve haver "uma série de explicações" para a omissão de Blix, ao ser questionado por um jornalista sobre os motivos do chefe dos inspetores.
Blix poderia ser chamado ao CS para explicar a suposta omissão. Ele não havia, até a noite de ontem, se manifestado sobre o assunto.
O chefe dos inspetores mencionou o tema em sua apresentação, porém não disse que já está provado que existem esses aparelhos não-tripulados que excedem os 150 km.
Blix disse, conforme o próprio relatório, que está sendo verificado se o Iraque realmente possui o avião não-tripulado que exceda os 150 km permitidos pela ONU. O relatório confirma apenas a existência dos aparelhos que não excedem essa distância.
A envergadura do aparelho que está sendo verificado seria de 7,45 metros, de acordo com o relatório dos inspetores, e poderia ter um alcance de até 500 km.
Explosivos
Autoridades americanas também deram indicações de que o regime do ditador Saddam Hussein teria colocado explosivos no campo de extração de petróleo de Kirkuk, no norte do Iraque.
O mesmo já estaria sendo realizado em outros campos no norte e no sul do país, segundo os EUA. O objetivo seria destruir o local em caso de invasão americana. Desse modo, os EUA teriam dificuldade em conseguir extrair petróleo em um período pós-Saddam.
Em Bagdá, subsecretário do Ministério do Petróleo do Iraque, Hussein Suleiman Al Hadithi, disse que "é ilógico supor que o Iraque irá destruir os seus próprios campos de petróleo".
Segundo o diário "The New York Times", autoridades americanas afirmaram que os inspetores de armas da ONU no Iraque descobriram uma nova variedade de mísseis que carregam bombas capazes de espalhar agentes químicos ou biológicos em grandes áreas.
As ogivas seriam feitas de peças importadas ou mesmo construídas ilegalmente no país que, anteriormente, o Iraque utilizaria para carregar armas químicas.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
ONU tem prova contra Iraque, dizem EUA
da Folha de S.PauloAutoridades americanas disseram ontem dispor de provas do desrespeito do Iraque à resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU, que obriga o regime de Saddam Hussein a se desarmar.
Para essas autoridades, o relatório dos inspetores da ONU apresentado na semana passada indica a existência de um avião não-tripulado no Iraque que pode ter um alcance bem superior aos 150 km permitidos pela ONU, além de poder levar armas químicas.
Haveria, no mesmo relatório, uma fita de vídeo mostrando o teste de uma bomba que pode espalhar agentes químicos em uma grande área.
Os EUA acusam ainda o Iraque de estar colocando explosivos em campos de extração de petróleo e de estar reutilizando peças de armamentos para construir ogivas químicas. O Iraque nega.
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que as descobertas mostram "que o Iraque não mudou". O chefe dos inspetores da ONU, o sueco Hans Blix, teria, segundo Washington, falhado ao não mencionar o avião não-tripulado e o vídeo na apresentação do relatório ao Conselho de Segurança.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou que deve haver "uma série de explicações" para a omissão de Blix, ao ser questionado por um jornalista sobre os motivos do chefe dos inspetores.
Blix poderia ser chamado ao CS para explicar a suposta omissão. Ele não havia, até a noite de ontem, se manifestado sobre o assunto.
O chefe dos inspetores mencionou o tema em sua apresentação, porém não disse que já está provado que existem esses aparelhos não-tripulados que excedem os 150 km.
Blix disse, conforme o próprio relatório, que está sendo verificado se o Iraque realmente possui o avião não-tripulado que exceda os 150 km permitidos pela ONU. O relatório confirma apenas a existência dos aparelhos que não excedem essa distância.
A envergadura do aparelho que está sendo verificado seria de 7,45 metros, de acordo com o relatório dos inspetores, e poderia ter um alcance de até 500 km.
Explosivos
Autoridades americanas também deram indicações de que o regime do ditador Saddam Hussein teria colocado explosivos no campo de extração de petróleo de Kirkuk, no norte do Iraque.
O mesmo já estaria sendo realizado em outros campos no norte e no sul do país, segundo os EUA. O objetivo seria destruir o local em caso de invasão americana. Desse modo, os EUA teriam dificuldade em conseguir extrair petróleo em um período pós-Saddam.
Em Bagdá, subsecretário do Ministério do Petróleo do Iraque, Hussein Suleiman Al Hadithi, disse que "é ilógico supor que o Iraque irá destruir os seus próprios campos de petróleo".
Segundo o diário "The New York Times", autoridades americanas afirmaram que os inspetores de armas da ONU no Iraque descobriram uma nova variedade de mísseis que carregam bombas capazes de espalhar agentes químicos ou biológicos em grandes áreas.
As ogivas seriam feitas de peças importadas ou mesmo construídas ilegalmente no país que, anteriormente, o Iraque utilizaria para carregar armas químicas.
Com agências internacionais
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