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11/03/2003
-
05h35
Diretora da sucursal de Brasília
da Folha de S.Paulo
O governo brasileiro propôs, e o presidente Álvaro Uribe aceitou, sugerir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução determinando embargo de armas para a Colômbia.
Essa resolução daria pretexto aos cinco países que fazem fronteira com aquele país, inclusive o Brasil, para fiscalizar de forma mais incisiva o comércio de armas e outras atividades relacionadas à guerrilha e ao narcotráfico.
Os demais países que fazem fronteira com a Colômbia são Venezuela, Equador, Peru e Panamá, que estarão reunidos amanhã, em Bogotá, para discutir com representantes do governo dos EUA ações contra a guerrilha. O Brasil estará presente.
Segundo o chanceler Celso Amorim, o embargo de armas já foi usado em ao menos duas ocasiões: na guerra da Bósnia e na luta de Angola contra a guerrilha Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola).
Além de dar "grande visibilidade" internacional à crise interna da Colômbia, um embargo, segundo Amorim, pode impor "uma disciplina muito grande" no comércio legal de armas na região. Isso, disse ele, interessa diretamente ao Brasil, que convive com uma escalada de violência e uma investida crescente de quadrilhas de narcotraficantes, em especial, mas não só, no Rio.
Os países limítrofes com a Colômbia seriam compelidos formalmente, pela resolução da ONU, a tratar de forma mais efetiva o problema da porosidade das fronteiras daquela área do continente. É por ali que circulam armas e drogas que afetam a segurança de todos os países vizinhos.
Caso o Conselho de Segurança acate a sugestão e publique efetivamente a resolução, os países ficariam não só obrigados a intensificar o policiamento e o controle das fronteiras, mas também a reportar periodicamente ações e resultados à ONU.
Para isso, é preciso que a Colômbia faça um pedido expresso para pelo menos 1 dos 15 países que integram o Conselho de Segurança e que este país acate a idéia. Depois, haveria a votação pelo plenário do Conselho.
A idéia brasileira, apresentada a Uribe durante a visita deste a Brasília na última sexta-feira, tem base na resolução 1465 da ONU, de 13 de fevereiro deste ano.
Pelo item 3 dessa resolução, os países devem trabalhar urgentemente em cooperação para dar suporte e assistência às autoridades colombianas nos seus esforços contra o terrorismo.
Colaborou Leonardo Cruz, da Folha de S.Paulo
Brasil e Colômbia tentam embargar armas
ELIANE CANTANHÊDEDiretora da sucursal de Brasília
da Folha de S.Paulo
O governo brasileiro propôs, e o presidente Álvaro Uribe aceitou, sugerir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução determinando embargo de armas para a Colômbia.
Essa resolução daria pretexto aos cinco países que fazem fronteira com aquele país, inclusive o Brasil, para fiscalizar de forma mais incisiva o comércio de armas e outras atividades relacionadas à guerrilha e ao narcotráfico.
Os demais países que fazem fronteira com a Colômbia são Venezuela, Equador, Peru e Panamá, que estarão reunidos amanhã, em Bogotá, para discutir com representantes do governo dos EUA ações contra a guerrilha. O Brasil estará presente.
Segundo o chanceler Celso Amorim, o embargo de armas já foi usado em ao menos duas ocasiões: na guerra da Bósnia e na luta de Angola contra a guerrilha Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola).
Além de dar "grande visibilidade" internacional à crise interna da Colômbia, um embargo, segundo Amorim, pode impor "uma disciplina muito grande" no comércio legal de armas na região. Isso, disse ele, interessa diretamente ao Brasil, que convive com uma escalada de violência e uma investida crescente de quadrilhas de narcotraficantes, em especial, mas não só, no Rio.
Os países limítrofes com a Colômbia seriam compelidos formalmente, pela resolução da ONU, a tratar de forma mais efetiva o problema da porosidade das fronteiras daquela área do continente. É por ali que circulam armas e drogas que afetam a segurança de todos os países vizinhos.
Caso o Conselho de Segurança acate a sugestão e publique efetivamente a resolução, os países ficariam não só obrigados a intensificar o policiamento e o controle das fronteiras, mas também a reportar periodicamente ações e resultados à ONU.
Para isso, é preciso que a Colômbia faça um pedido expresso para pelo menos 1 dos 15 países que integram o Conselho de Segurança e que este país acate a idéia. Depois, haveria a votação pelo plenário do Conselho.
A idéia brasileira, apresentada a Uribe durante a visita deste a Brasília na última sexta-feira, tem base na resolução 1465 da ONU, de 13 de fevereiro deste ano.
Pelo item 3 dessa resolução, os países devem trabalhar urgentemente em cooperação para dar suporte e assistência às autoridades colombianas nos seus esforços contra o terrorismo.
Colaborou Leonardo Cruz, da Folha de S.Paulo
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