Publicidade
Publicidade
13/03/2003
-
07h35
A possibilidade de o Reino Unido apoiar os Estados Unidos na guerra contra o Iraque, com ou sem uma nova resolução da ONU (Organização das Nações unidas), pode comprometer o destino político do primeiro-ministro, Tony Blair, segundo informações da imprensa britânica publicadas hoje.
O primeiro-ministro "sabe que seu futuro político será determinado nas próximas 72 horas", diz o jornal "The Times".
"As próximas 72 horas serão as mais importantes na vida política de Tony Blair", também diz o jornal "The Sun".
Já o jornal "The Guardian" diz em seu editorial que "tanto no plano internacional como no plano interno, é uma decisão perigosa".
O tradicional jornal dirigido à área econômica "TheFinancial Times" fala da "imensa incerteza" que reina em Londres no que se refere à adoção de uma segunda resolução sobre o Iraque pelo Conselho de Segurança da ONU.
O projeto de resolução apresentado pelos EUA dá até o dia 17 para o Iraque demonstrar que realmente quer se desarmar. Um projeto de anexo para esta resolução, apresentado por Londres, define seis critérios para que o Iraque cumpra seu dever.
Ontem, o Reino Unido determinou ao presidente iraquiano, Saddam Hussein, seis novas condições para evitar uma guerra, que devem ser introduzidas em um projeto de resolução modificado que será submetido a votação no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo o governo britânico, Saddam deve admitir na TV iraquiana que possui armas de destruição em massa e que se desarmará totalmente; informar à ONU sobre seus estoques de antraz e de outras armas químicas ou biológicas e comprometer-se a destrui-las; permitir que 30 cientistas sejam interrogados no Chipre; admitir a existência no país de aeronaves não-tripuladas (capazes de transportas armas de destruição em massa); prometer destruir laboratórios móveis de armas biológicas e comprometer-se a destruir mísseis proibidos pela ONU.
O impasse entre os EUA e o Iraque entrou em contagem regressiva na última sexta-feira (7), quando EUA, Reino Unido e Espanha propuseram ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução exigindo que o Iraque se desarme até a próxima segunda-feira (17) sob pena de ser atacado.
Na segunda-feira (10), a França e a Rússia disseram pela primeira vez de forma explícita que vetarão a proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança (CS) da ONU que pretende autorizar o uso da força para desarmar o Iraque.
Os países que apóiam uma guerra contra o Iraque são EUA, Reino Unido, Espanha e Bulgária. São contrários à guerra França, Alemanha, Rússia, China e Síria. Ambos lados (favoráveis e contrários a um ataque militar contra o Iraque) travam uma disputa diplomática para tentar angariar voto de apoio dos chamados "membros indecisos".
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes pode vetá-la.
Se aprovada, a nova resolução abriria caminho para, a partir de segunda-feira, os EUA e seus aliados darem início a uma ação militar. Há cerca de 300 mil soldados, 500 aviões e dezenas de navios prontos para agir em volta do Iraque.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Para imprensa britânica, futuro de Blair pode mudar em 72 horas
da Folha OnlineA possibilidade de o Reino Unido apoiar os Estados Unidos na guerra contra o Iraque, com ou sem uma nova resolução da ONU (Organização das Nações unidas), pode comprometer o destino político do primeiro-ministro, Tony Blair, segundo informações da imprensa britânica publicadas hoje.
O primeiro-ministro "sabe que seu futuro político será determinado nas próximas 72 horas", diz o jornal "The Times".
"As próximas 72 horas serão as mais importantes na vida política de Tony Blair", também diz o jornal "The Sun".
Já o jornal "The Guardian" diz em seu editorial que "tanto no plano internacional como no plano interno, é uma decisão perigosa".
O tradicional jornal dirigido à área econômica "TheFinancial Times" fala da "imensa incerteza" que reina em Londres no que se refere à adoção de uma segunda resolução sobre o Iraque pelo Conselho de Segurança da ONU.
Reuters - 24.set.2002 |
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido |
Ontem, o Reino Unido determinou ao presidente iraquiano, Saddam Hussein, seis novas condições para evitar uma guerra, que devem ser introduzidas em um projeto de resolução modificado que será submetido a votação no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo o governo britânico, Saddam deve admitir na TV iraquiana que possui armas de destruição em massa e que se desarmará totalmente; informar à ONU sobre seus estoques de antraz e de outras armas químicas ou biológicas e comprometer-se a destrui-las; permitir que 30 cientistas sejam interrogados no Chipre; admitir a existência no país de aeronaves não-tripuladas (capazes de transportas armas de destruição em massa); prometer destruir laboratórios móveis de armas biológicas e comprometer-se a destruir mísseis proibidos pela ONU.
O impasse entre os EUA e o Iraque entrou em contagem regressiva na última sexta-feira (7), quando EUA, Reino Unido e Espanha propuseram ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução exigindo que o Iraque se desarme até a próxima segunda-feira (17) sob pena de ser atacado.
Na segunda-feira (10), a França e a Rússia disseram pela primeira vez de forma explícita que vetarão a proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança (CS) da ONU que pretende autorizar o uso da força para desarmar o Iraque.
Os países que apóiam uma guerra contra o Iraque são EUA, Reino Unido, Espanha e Bulgária. São contrários à guerra França, Alemanha, Rússia, China e Síria. Ambos lados (favoráveis e contrários a um ataque militar contra o Iraque) travam uma disputa diplomática para tentar angariar voto de apoio dos chamados "membros indecisos".
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto, são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário que nove dos 15 membros do CS votem a favor. Mas nenhum dos cinco membros permanentes pode vetá-la.
Se aprovada, a nova resolução abriria caminho para, a partir de segunda-feira, os EUA e seus aliados darem início a uma ação militar. Há cerca de 300 mil soldados, 500 aviões e dezenas de navios prontos para agir em volta do Iraque.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice