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15/03/2003 - 15h51

Reino Unido diz que agora "guerra é muito mais provável"

da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jack Straw, disse hoje que uma guerra no Iraque é "muito mais provável" que há algumas semanas, mas disse que [a guerra] não é "inevitável".

Reuters - 9.fev.2001
Jack Straw, ministro britânico das Relações Exteriores
"A perspectiva de uma ação militar é atualmente mais provável, e lamento muito isso, mas não é inevitável', declarou o chanceler britânico. De acordo com Straw, o presidente iraquiano Saddam Hussein 'entretanto tem tempo para obedecer' às resoluções da ONU exigindo seu desarmamento, mas 'este tempo está contado'.

Pela manhã, o chefe da política externa da União Européia, Javier Solana, declarou que se sente "pouco otimista" em relação à possibilidade de evitar uma guerra no Iraque, no segundo dia de sessões da reunião informal de ministros da Defesa europeus em Vougliameni, perto de Atenas (Grécia).

"Sempre continua existindo um espaço para diplomacia e o tempo da diplomacia não se esgotou, mas não sou verdadeiramente otimista", declarou Solana.

Na noite de ontem, o chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, recebeu um relatório do Iraque sobre seu estoque de gás letal VX, que Bagdá diz ter destruído há 12 anos.

O documento tem 25 páginas, escritas "metade em árabe e metade em inglês", disse Ewen Buchanan. "Algumas dessas páginas precisarão de tradução, e então estudaremos seu conteúdo", acrescentou.

Os EUA afirmam que o Iraque ainda possui estoques do VX. Segundo os inspetores da ONU, não há expectativa de que o relatório contenha novas informações.

Amanhã, o presidente dos EUA, George W. Bush, se reunirá com o premiê britânico, Tony Blair, e com o premiê espanhol, José María Aznar. Os três países são responsáveis pelo projeto de resolução que vem sendo debatido pelos países do CS. O premiê de Portugal, José Manuel Durão Barroso, disse que assistirá à cúpula, mas não participará ativamente das discussões. Segundo a Casa Branca, trata-se da 'última tentativa' de obter a anuência da ONU ao texto.



Em meio às manobras diplomáticas contrárias e favoráveis à resolução, o Chile propôs que fosse dado um prazo de três semanas para que Saddam realizasse o desarmamento do país.

A proposta constitui mais uma tentativa de pôr fim ao impasse diplomático atual. Segundo Santiago, Saddam deveria cumprir cinco exigências ou enfrentaria sérias consequências, incluindo a guerra. Os EUA, o Reino Unido e a Espanha defendem um prazo mais curto. O presidente do Chile, Ricardo Lagos, afirmou que o prazo de três semanas é "curto e realista".

Com agências internacionais

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