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16/03/2003
-
12h13
Editora de Mundo da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vão se encontrar hoje nas ilhas dos Açores (que pertencem a Portugal) para participar de uma reunião tripartite sobre o Iraque com o premiê espanhol, José María Aznar.
O premiê de Portugal, José Manuel Durão Barroso, deve assistir à cúpula, mas não participará das discussões.
O encontro, que está sendo considerado uma "última tentativa diplomática" para o desarmamento do Iraque de forma pacífica, pode servir para os três dirigentes combinarem suas estratégias diplomáticas e militares, dando início a uma nova contagem regressiva para o início de uma guerra.
Manifestações contrárias à guerra continuam acontecendo em várias partes do mundo paralelo ao envio de mais soldados dos EUA para a região do golfo Pérsico. Mas hoje já há mostras de que a briga de foice travada entre o governo do presidente George W. Bush e o resto do mundo contrário a uma guerra pode estar chegando ao fim: cinco dos oito aviões utilizados pelos inspetores de armas para visitar áreas sujeitas a inspeções deixaram Bagdá a caminho do Chipre, sinal que parece estar minando as possibilidades de um fim pacífico para este embate.
Londres, Washington e Madri apresentaram um segundo projeto de resolução à ONU (Organização das Nações Unidas), do qual faz parte um ultimato de desarmamento ao Iraque, cujo prazo termina amanhã. Enquanto isso, o Iraque segue destruindo seus mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km de alcance permitidos pela ONU) sob a supervisão dos inspetores de armas. Calcula-se que o Iraque possua 120 mísseis Al Samoud, 68 deles já foram destruídos.
Desde a semana passada, um impasse entre os membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU incomoda o governo norte-americano, que chegou a admitir a possibilidade de dar início a uma ação militar contra o Iraque sem que a nova proposta de resolução seja votada pelos membros do CS.
O impasse entre os EUA e o Iraque tomou nova forma na sexta-feira (7), quando EUA, Reino Unido e Espanha propuseram ao CS da ONU uma resolução exigindo que o Iraque se desarme até amanhã. França e Rússia (ambos com poder de veto no CS) disseram de forma explícita que vetarão a proposta de resolução autorizando o uso da força para desarmar o Iraque. A China, que também tem poder de veto, faz coro à rejeição do projeto.
Apesar dos esforços diplomáticos ocorridos durante esta semana, os EUA não conseguiram o apoio dos países-membros do CS considerados indecisos: Angola, Camarões, Chile, Guiné, México e Paquistão.
Os países que apóiam uma guerra contra o Iraque são EUA, Reino Unido, Espanha e Bulgária. São contrários à guerra França, Alemanha, Rússia, China e Síria.
Hoje, o presidente da França, Jacques Chirac, disse que pode considerar um prazo de 30 dias para a finalização dos trabalhos de desarmamento do Iraque. Antes, o discurso do presidente francês falava em 120 dias.
A declaração de Chirac aparece depois de Alemanha, França e Rússia terem proposto ontem uma reunião do CS da ONU para estabelecer um calendário definitivo para que o país de Saddam Hussein se livre de suas armas.
Com agências internacionais
Especial
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Bush, Blair e Aznar já estão em Açores
Cúpula nos Açores pode abrir nova contagem regressiva à guerra
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O presidente americano, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vão se encontrar hoje nas ilhas dos Açores (que pertencem a Portugal) para participar de uma reunião tripartite sobre o Iraque com o premiê espanhol, José María Aznar.
O premiê de Portugal, José Manuel Durão Barroso, deve assistir à cúpula, mas não participará das discussões.
O encontro, que está sendo considerado uma "última tentativa diplomática" para o desarmamento do Iraque de forma pacífica, pode servir para os três dirigentes combinarem suas estratégias diplomáticas e militares, dando início a uma nova contagem regressiva para o início de uma guerra.
Manifestações contrárias à guerra continuam acontecendo em várias partes do mundo paralelo ao envio de mais soldados dos EUA para a região do golfo Pérsico. Mas hoje já há mostras de que a briga de foice travada entre o governo do presidente George W. Bush e o resto do mundo contrário a uma guerra pode estar chegando ao fim: cinco dos oito aviões utilizados pelos inspetores de armas para visitar áreas sujeitas a inspeções deixaram Bagdá a caminho do Chipre, sinal que parece estar minando as possibilidades de um fim pacífico para este embate.
Londres, Washington e Madri apresentaram um segundo projeto de resolução à ONU (Organização das Nações Unidas), do qual faz parte um ultimato de desarmamento ao Iraque, cujo prazo termina amanhã. Enquanto isso, o Iraque segue destruindo seus mísseis Al Samoud 2 (que ultrapassam os 150 km de alcance permitidos pela ONU) sob a supervisão dos inspetores de armas. Calcula-se que o Iraque possua 120 mísseis Al Samoud, 68 deles já foram destruídos.
Desde a semana passada, um impasse entre os membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU incomoda o governo norte-americano, que chegou a admitir a possibilidade de dar início a uma ação militar contra o Iraque sem que a nova proposta de resolução seja votada pelos membros do CS.
O impasse entre os EUA e o Iraque tomou nova forma na sexta-feira (7), quando EUA, Reino Unido e Espanha propuseram ao CS da ONU uma resolução exigindo que o Iraque se desarme até amanhã. França e Rússia (ambos com poder de veto no CS) disseram de forma explícita que vetarão a proposta de resolução autorizando o uso da força para desarmar o Iraque. A China, que também tem poder de veto, faz coro à rejeição do projeto.
Apesar dos esforços diplomáticos ocorridos durante esta semana, os EUA não conseguiram o apoio dos países-membros do CS considerados indecisos: Angola, Camarões, Chile, Guiné, México e Paquistão.
Os países que apóiam uma guerra contra o Iraque são EUA, Reino Unido, Espanha e Bulgária. São contrários à guerra França, Alemanha, Rússia, China e Síria.
Hoje, o presidente da França, Jacques Chirac, disse que pode considerar um prazo de 30 dias para a finalização dos trabalhos de desarmamento do Iraque. Antes, o discurso do presidente francês falava em 120 dias.
A declaração de Chirac aparece depois de Alemanha, França e Rússia terem proposto ontem uma reunião do CS da ONU para estabelecer um calendário definitivo para que o país de Saddam Hussein se livre de suas armas.
Com agências internacionais
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