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17/03/2003 - 10h31

EUA utilizarão novas armas contra o Iraque

da France Presse, em Washington

Os Estados Unidos atacarão o Iraque com uma série de armas experimentadas durante a guerra do Afeganistão e outras que serão usadas pela primeira vez, como a nova versão da bomba E de microondas, que paralisa circuitos eletrônicos.

Os americanos esperam mostrar sua superioridade com as armas de alta precisão e com os aviões, blindados e helicópteros desenvolvidos nos últimos anos.

O Pentágono já testou uma megabomba de 9,5 toneladas, denominada Moab (Massive Ordnance Air Blast, Bomba de Explosão em Massa), ou "mãe de todas as bombas" (mother of all bombs).

A Moab vai substituir a BLU-82 ou "Daisy Cutter" (cortadora de margaridas) nas ações de devastação e se unirá à bomba de penetração encarregada de destruir os abrigos subterrâneos do comando iraquiano.

Um novo artefato antiabrigo de características nucleares e capaz de perfurar as rochas mais duras, que se encontra em fase de testes, não estará pronto para ser utilizado no Iraque. Esse projeto sofreu atrasos pelas controvérsias que sue possível uso na guerra despertou no Congresso.

A bomba eletromagnética E foi projetada para destruir centros de informática através de ondas eletromagnéticas, o que permite paralisar o inimigo sem causar vítimas.
"Visa cortar as comunicações entre Saddam Hussein e suas tropas antes que utilizem armas químicas ou biológicas", disse John Pike, diretor do centro de pesquisas Global Security.

O general Tommy Franks, chefe das forças americanas no golfo Pérsico, declarou que desconhece a existência da bomba E. Apesar disso, disse que os EUA têm interesse pelas "armas não letais" como as que possibilitam uma "ofensiva eletrônica" dentro de uma guerra aos sistemas de comunicação.

A bomba de grafite de carbono tratado quimicamente BLU-114B ("soft bomb" ou "bomba suave"), lançada a partir de aviões ou mísseis cruzeiro, causa curto-circuito e deixa as cidades sem luz, e foi utilizada no Iraque em 1991 e na Sérvia em 1995.

Em 2002, os EUA lançaram no Afeganistão a BLU-118S, que absorve o oxigênio dos túneis e asfixia os inimigos que se encontram em locais fechados ou subterrâneos, como cavernas e bunkers.

Apesar da variedade de explosivos sofisticados, os especialistas afirmam que serão os mísseis inteligentes do JDAM, os cruzeiro e os blindados que irão derrubar Saddan Hussein.

As bombas inteligentes representarão apenas 10% das munições utilizadas durante a primeira Guerra do Golfo em 1991. O Pentágono informou que em 2003 a força aérea vai privilegiar utilização de bombas guiadas por laser ou satélite no lugar das denominadas bombas cegas de uso convencional.

Diferentemente das bombas guiadas por laser, as que dependem de informação enviada por satélite podem atingir seu objetivo em qualquer condição climática, inclusive em situações com muita nebulosidade ou com tempestade de areia.

Em setembro de 2002, a empresa Lockheed Martin testou com êxito no Novo México um míssil cruzeiro capaz de perfurar as superfícies mais duras: o JASSM (Joint Air-to-Surface Standoff Missile), lançado de aviões F-16, que atinge seu alvo apesar das interferências do combate terrestre.

O almirante Stephen Baker, do Centro de Informação sobre Defesa, destacou o avanço tecnológico que representa a transmissão ao vivo por satélite de imagens do campo de batalha, captadas pelos aviões não-tripulados Predator RQ-1A e Global Hawk.

Os marines dispõem de um protótipo do gênero, o Dragon Eye, que pode indicar a posição de franco-atiradores no caso de guerra urbana, e contam ainda com uma bomba-robô que se desloca com um sistema de esteiras.

A arma decisiva para o combate em terra será o blindado Abrams M-1A2 porque é veloz e atingir um alvo a partir de uma distância considerável, indicam os especialistas.

Uma nova geração de Abrams e de helicópteros de combate Apache AH-64 Longbow aguarda para entrar em ação no Iraque junto com os aviões Super Hornets F-18 e Tomcats F-14.

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