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17/03/2003
-
23h13
O governo brasileiro decidiu enviar na noite de hoje dois aviões para retirar brasileiros do Oriente Médio. Os dois aviões devem sair da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo ao Cairo (Egito).
O governo enviou um Hércules e um Boeing 707 da Força Aérea Brasileira. Caso seja necessário, o governo poderá enviar mais aviões para a região.
De acordo com estimativas do Itamaraty, há 20 mil brasileiros nos vários países próximos ao Iraque.
Ainda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, por telefone, com o secretário-geral da Organização Nações Unidas (ONU), Kofi Anann, para reiterar a posição brasileira contrária a quaisquer ações militares contra o Iraque sem o aval da instituição.
Lula afirmou que, se os Estados Unidos atacarem o Iraque sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, o papel da organização terá que ser redefinido, informou à imprensa o chanceler Celso Amorim. O chefe da diplomacia brasileira revelou que a declaração de Lula foi feita ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, numa conversa por telefone hoje à tarde.
O secretário-geral comunicou-se com Lula para agradecer ao apoio manifestado na busca de uma solução diplomática para a situação no Iraque, e em resposta a uma carta enviada semana passada por Lula a Annan neste sentido, explicou Amorim, revelando que Annan concordou com a avaliação do presidente Lula.
Em relação à proposta que Lula fez na carta sobre a convocação de uma reunião de cúpula dos governantes dos países representados na ONU que se opõem a um ataque ao Iraque, Annan disse ao presidente brasileiro que, por enquanto, é mais prudente esperar a evolução dos fatos, comentou Amorim.
Na última terça-feira (11), em Haia (Holanda), Amorim entregou a Annan a carta de Lula, na qual o presidente declarava-se pronto para cooperar numa solução pacífica para a crise do Iraque e relatava os contatos com diferentes líderes mundiais, aos quais reiterou a necessidade de "promover o desarmamento do Iraque sob a autoridade do Conselho de Segurança da ONU".
De acordo com o Itamaraty, a posição do Brasil é de que o "Iraque deve cumprir a resolução do Conselho de Segurança e a força deve ser usada somente como último recurso, devendo seu uso ser autorizado pelo Conselho".
O presidente brasileiro conversou nos últimos dias com o colega francês, Jacques Chirac, e com o angolano José Eduardo dos Santos, cujo país é membro não-permanente do Conselho de Segurança.
Lula também conversou com o chanceler alemão, Gerhard Schröder, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de acordo com a informação divulgada.Esta segunda-feira, Lula reiterou sua posição, durante um almoço oferecido ao primeiro-ministro da Malásia, Mahatir Mohamad, que está em visita oficial ao país.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
Brasil envia aviões para retirar brasileiros do Oriente Médio
da Folha OnlineO governo brasileiro decidiu enviar na noite de hoje dois aviões para retirar brasileiros do Oriente Médio. Os dois aviões devem sair da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo ao Cairo (Egito).
O governo enviou um Hércules e um Boeing 707 da Força Aérea Brasileira. Caso seja necessário, o governo poderá enviar mais aviões para a região.
De acordo com estimativas do Itamaraty, há 20 mil brasileiros nos vários países próximos ao Iraque.
Ainda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, por telefone, com o secretário-geral da Organização Nações Unidas (ONU), Kofi Anann, para reiterar a posição brasileira contrária a quaisquer ações militares contra o Iraque sem o aval da instituição.
Lula afirmou que, se os Estados Unidos atacarem o Iraque sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, o papel da organização terá que ser redefinido, informou à imprensa o chanceler Celso Amorim. O chefe da diplomacia brasileira revelou que a declaração de Lula foi feita ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, numa conversa por telefone hoje à tarde.
O secretário-geral comunicou-se com Lula para agradecer ao apoio manifestado na busca de uma solução diplomática para a situação no Iraque, e em resposta a uma carta enviada semana passada por Lula a Annan neste sentido, explicou Amorim, revelando que Annan concordou com a avaliação do presidente Lula.
Em relação à proposta que Lula fez na carta sobre a convocação de uma reunião de cúpula dos governantes dos países representados na ONU que se opõem a um ataque ao Iraque, Annan disse ao presidente brasileiro que, por enquanto, é mais prudente esperar a evolução dos fatos, comentou Amorim.
Na última terça-feira (11), em Haia (Holanda), Amorim entregou a Annan a carta de Lula, na qual o presidente declarava-se pronto para cooperar numa solução pacífica para a crise do Iraque e relatava os contatos com diferentes líderes mundiais, aos quais reiterou a necessidade de "promover o desarmamento do Iraque sob a autoridade do Conselho de Segurança da ONU".
De acordo com o Itamaraty, a posição do Brasil é de que o "Iraque deve cumprir a resolução do Conselho de Segurança e a força deve ser usada somente como último recurso, devendo seu uso ser autorizado pelo Conselho".
O presidente brasileiro conversou nos últimos dias com o colega francês, Jacques Chirac, e com o angolano José Eduardo dos Santos, cujo país é membro não-permanente do Conselho de Segurança.
Lula também conversou com o chanceler alemão, Gerhard Schröder, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de acordo com a informação divulgada.Esta segunda-feira, Lula reiterou sua posição, durante um almoço oferecido ao primeiro-ministro da Malásia, Mahatir Mohamad, que está em visita oficial ao país.
Com agências internacionais
Especial
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