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17/03/2009 - 12h36

Veja cronologia da crise política que derrubou presidente em Madagáscar

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da Folha Online

O presidente de Madagáscar, Marc Ravalomanana, renunciou nesta terça-feira após intensos protestos da oposição, que o acusa de desviar dinheiro público e violar a Constituição do país.

Ao menos 135 pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança do governo em uma crise que enfraqueceu também a economia, afetando diretamente a indústria de US$ 390 milhões anuais do turismo na ilha africana.

Arte/Folha Online
Mapa de Madagáscar

Ravalomanana afirmou que entregou seu cargo a um diretório militar. Segundo seu porta-voz, Andry Ralijaona, neste caso, quem assume o poder é o mais velho: "eu entendo que este seja Hyppolite Ramaroson", explicou, se referindo a um almirante da Marinha.

O chefe das Forças Armadas malgaxe, coronel Andre Ndriarijaona, afirmou, contudo, que os militares apoiam um governo do líder opositor, Andry Rajoelina, ex-prefeito deposto da capital Antananarivo.

Veja a cronologia da crise política em Madagáscar:

27 de Janeiro -- Líder da oposição, Andry Rajoelina, pede mais protestos antigoverno depois do pior dia de violência nas ruas em anos.

3 de fevereiro -- O governo demite Rajoelina de seu cargo de prefeito da capital e maior cidade malgaxe, Antananarivo.

7 de fevereiro -- As forças de segurança do governo matam ao menos 25 pessoas ao abrir fogo contra manifestantes antigoverno que se reuniam do lado de fora do palácio presidencial. Duas semanas de confrontos civis deixam ao menos 125 mortos.

21 de fevereiro -- Rajoelina se reúne com o presidente Marc Ravalomanana para negociar o fim dos distúrbios políticos.

25 de fevereiro -- Rajoelina desiste das negociações depois de Ravalomanana faltar à quarta rodada de discussões para encerrar as semanas de protestos da oposição.

8 de março -- Motins acontecem em um acampamento militar nos arredores da capital enquanto Rajoelina se esconde pelo segundo dia consecutivo.

13 de março -- Soldados dissidentes afirma ter enviado tanques à capital e dizem que os usarão para lutar contra mercenários contratados.

14 de março -- Rajoelina sai do esconderijo e diz a milhares de apoiadores que o presidente tem quatro horas para renunciar.

15 de março -- Ravalomanana oferece um referendo como forma de encerra a disputa política.

16 de março -- Soldados invadem o palácio presidencial e o banco central em uma demonstração de força que isola ainda mais Ravalomanana --que promete resistir e diz que pode até morrer.

17 de março -- Ravalomanana anuncia sua renúncia e passa o poder a um diretório militar. Membros da oposição afirmam que Rajoelina assumirá um governo de transição, convocará eleições em 24 meses e reescreverá a Constituição para criar a Quarta República. A União Africana rejeita a passagem não-constitucional do poder e afirma que os militares devem assumir.

Com Reuters

 

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