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09/04/2003
-
08h22
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) suspendeu hoje suas atividades em Bagdá porque a situação na capital iraquiana é "perigosa", afirmou Moin Kassis, porta-voz da entidade em Amã (Jordânia).
"A situação precária e perigosa, assim como o caos que reina em Bagdá, levou o CICR a suspender suas atividades na cidade", declarou Kassis, acrescentando que a suspensão é "temporária".
"Lamentamos não poder ajudar a quem necessita nestas circunstâncias", disse. Segundo Kassis, o CICR emprega atualmente dez estrangeiros e cem iraquianos no Iraque.
Ao mesmo tempo, em um comunicado divulgado em Genebra (Suíça), o CICR informou que um delegado canadense da instituição está desaparecido desde a tarde de ontem, depois que seu veículo foi atingido por disparos.
O CICR teme que o delegado canadense Vatche Arslanian, 48, encarregado da logística da organização no Iraque, tenha sido gravemente ferido.
Outros dois delegados que estavam com Arslanian conseguiram escapar do comboio.
Saques
Bagdá foi palco hoje de saques generalizados de prédios do governo em vários bairros da cidade.
As pessoas invadiram postos policiais, universidades, ministérios e a sede do Comitê Olímpico iraquiano, levando computadores, móveis e até veículos militares.
"Obrigado, obrigado, senhor Bush", gritavam alguns dos saqueadores.
Um jovem foi visto carregando uma geladeira com seus patins.
Jornalistas dizem que um homem idoso bateu em um retrato de Saddam Hussein com seu sapato ao mesmo tempo que um iraquiano mais jovem cuspia na imagem do presidente.
Mas, se a população parecia livre do controle do governo, militares americanos dizem que suas tropas continuam encontrando resistência de pequenos grupos de partidários de Saddam.
Vitória
Um porta-voz do Exército dos Estados Unidos afirmou hoje que é muito cedo ainda para se falar numa batalha por Bagdá e no fim da guerra para depor o presidente iraquiano, Saddam Hussein.
"Acho que é prematuro ainda se falar sobre o fim desta operação", disse à agência Reuters o capitão Frank Throp, no Comando Central militar dos EUA, baseado no Qatar.
"Pode haver muito mais dias de combates pela nossa frente enquanto as forças de coalizão seguem se deslocando dentro Bagdá e dentro do país", disse o capitão.
Em Bagdá, centenas de iraquianos manifestaram júbilo, saudando e aplaudindo os fuzileiros navais norte-americanos que tomaram parte da cidade.
As ruas da capital iraquiana, abandonadas pela polícia e pelas forças de segurança, eram tomadas por pessoas entusiasmadas com o provável fim do regime e por muitos saqueadores.
Com agências internacionais
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Cruz Vermelha suspende atividades em Bagdá
da Folha OnlineO Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) suspendeu hoje suas atividades em Bagdá porque a situação na capital iraquiana é "perigosa", afirmou Moin Kassis, porta-voz da entidade em Amã (Jordânia).
"A situação precária e perigosa, assim como o caos que reina em Bagdá, levou o CICR a suspender suas atividades na cidade", declarou Kassis, acrescentando que a suspensão é "temporária".
"Lamentamos não poder ajudar a quem necessita nestas circunstâncias", disse. Segundo Kassis, o CICR emprega atualmente dez estrangeiros e cem iraquianos no Iraque.
Ao mesmo tempo, em um comunicado divulgado em Genebra (Suíça), o CICR informou que um delegado canadense da instituição está desaparecido desde a tarde de ontem, depois que seu veículo foi atingido por disparos.
O CICR teme que o delegado canadense Vatche Arslanian, 48, encarregado da logística da organização no Iraque, tenha sido gravemente ferido.
Outros dois delegados que estavam com Arslanian conseguiram escapar do comboio.
Saques
Bagdá foi palco hoje de saques generalizados de prédios do governo em vários bairros da cidade.
As pessoas invadiram postos policiais, universidades, ministérios e a sede do Comitê Olímpico iraquiano, levando computadores, móveis e até veículos militares.
"Obrigado, obrigado, senhor Bush", gritavam alguns dos saqueadores.
Um jovem foi visto carregando uma geladeira com seus patins.
Jornalistas dizem que um homem idoso bateu em um retrato de Saddam Hussein com seu sapato ao mesmo tempo que um iraquiano mais jovem cuspia na imagem do presidente.
Mas, se a população parecia livre do controle do governo, militares americanos dizem que suas tropas continuam encontrando resistência de pequenos grupos de partidários de Saddam.
Vitória
Um porta-voz do Exército dos Estados Unidos afirmou hoje que é muito cedo ainda para se falar numa batalha por Bagdá e no fim da guerra para depor o presidente iraquiano, Saddam Hussein.
"Acho que é prematuro ainda se falar sobre o fim desta operação", disse à agência Reuters o capitão Frank Throp, no Comando Central militar dos EUA, baseado no Qatar.
"Pode haver muito mais dias de combates pela nossa frente enquanto as forças de coalizão seguem se deslocando dentro Bagdá e dentro do país", disse o capitão.
Em Bagdá, centenas de iraquianos manifestaram júbilo, saudando e aplaudindo os fuzileiros navais norte-americanos que tomaram parte da cidade.
As ruas da capital iraquiana, abandonadas pela polícia e pelas forças de segurança, eram tomadas por pessoas entusiasmadas com o provável fim do regime e por muitos saqueadores.
Com agências internacionais
Especial
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