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Cruz Vermelha procura italianos que se recusam a deixar casas
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da Efe, em Áquila
A Cruz Vermelha italiana iniciou patrulhas em busca de italianos que não querem abandonar suas casas com risco de desabamento na região de Abruzzo, atingida por um forte terremoto na segunda-feira passada (6) que deixou 289 mortos e danificou cerca de 10 mil edificações.
Estas patrulhas percorrem todos os pequenos povoados que se encontram na zona de Áquila, a mais afetada pelo terremoto, tentando convencê-los a irem para as tendas montadas pelo governo ou para os hotéis que foram postos à disposição dos desabrigados.
Segundo a Cruz Vermelha, são, em sua maioria, pessoas de idade avançada, que resistem a abandonar as casas nas quais investiram as economias de toda uma vida. Como Pasqualina, que, em declarações à imprensa, afirmou: "se a casa cair, só espero ter o tempo de sair debaixo dela".
"Demoramos uma vida para construí-la, ninguém poderá tirá-la de nós", concluiu.
Na localidade de San Martino, a cem quilômetros de Áquila, os membros da Cruz Vermelha encontraram uma garagem habitada por 25 pessoas de uma mesma família, que se negavam a sair de seu lugar de origem.
No entanto, a Cruz Vermelha indica que o nível de risco continua sendo máximo e por isso aconselham a todos os atingidos a abandonarem suas casas para evitar a possibilidade de que haja novas vítimas derivadas de futuros tremores.
O governo italiano prometeu ajudar na reconstrução das cidades atingidas pelo terremoto, o que, segunda estimativas, deve custar cerca de 3 bilhões de euros e demorar anos.
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