Atirador grego planejava matar mais pessoas, diz polícia

A polícia grega afirmou que o jovem de 18 anos que, por vingança, atirou e feriu três pessoas e depois se matou, em Atenas, planejava matar mais pessoas.

Segundo um policial, que pediu para não ser identificado, o jovem deixou uma mensagem de uma página e meia na qual dizia: "Eu vou matar qualquer um que ficar no meu caminho [...] e depois tirar minha própria vida".

Yiorgos Karahalis/Reuters

Policiais guardam instituto onde estudante atirou em colega, antes de se suicidar

Os agentes identificaram o jovem como um grego que morava na região separatista georgiana Abkházia e que, segundo a mensagem, estava irritado com a forma como era tratado pelos colegas de um instituto de treinamento para desempregos.

"Ele deixou uma nota dizendo que não aguentava mais", disse o porta-voz da polícia Panayiotis Stathis, citado pela agência Associated Press.

Stathis disse que o atirador disparou contra um de seus colegas quatro vezes. Segundo a rede de televisão CNN, que cita fontes policiais, os dois jovens discutiram antes. "Ele pode ter acreditado que a vítima estava envolvida diretamente nas atividades contra ele", disse o porta-voz. O jovem foi internado em estado grave no hospital.

O atirador, que carregava uma faca, duas armas e 66 balas de nove milímetros, atirou ainda em dois trabalhadores de uma construção vizinha ao instituto. Um dos homens levou um tiro no pé e outro na mão. Eles foram internados, mas não correm risco de morte.

Fuga

A polícia afirmou ainda que o jovem chegou armado ao instituo às 8h45 (2h45 no horário de Brasília), 15 minutos depois do início das aulas. Ele atirou no colega nas escadas que levam ao segundo andar e depois fugiu.

Em seguida, atirou em dois trabalhadores em uma construção vizinha e foi ao estacionamento da escola, onde atirou em sua própria cabeça.

Colegas do jovem, que não teve o nome revelado, descreveram-no como um solitário, que usava roupas pretas e casacos longos.

A Grécia foi cenário de crescente violência nos últimos meses, desde que um adolescente foi morto pela polícia em dezembro passado --o que iniciou a pior série de protestos em décadas.

Com agências internacionais