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03/08/2000 - 19h36

Informe sobre desaparecidos políticos no Chile gera mal-estar no governo

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da France Presse
em Santiago (Chile)

A possibilidade de que nunca se conheça o destino de cerca de 800 presos políticos desaparecidos no Chile, durante a ditadura do general Augusto Pinochet, causou impacto nesta quinta-feira (3) entre os familiares e mal-estar no governo do presidente Ricardo Lagos.

"Foi um impacto e nos doeu profundamente saber o modo como eles foram
eliminados", afirmou a secretária-geral da Associação de Familiares dos Presos Desaparecidos, Mireya Garcia.

A versão surgiu na quarta-feira, quando o pastor da Igreja Metodista Enrique Vilches entregou uma carta no Palácio da Moeda, dirigida ao presidente Lagos, com informações sobre 780 desaparecidos.

Vilches afirmou que a maioria desses presos "foi lançada ao mar", o que
leva à conclusão de que 60% dos 1.198 desaparecidos que estão nas listas
entregues aos tribunais "nunca serão encontrados".

"Não queremos criar falsas expectativas, nem falsas esperanças a pessoas
que estão muito machucadas com essa situação", disse Vilches, ao assegurar que tais informações lhe foram passadas por um coronel e outros oficiais reformados da Força Aérea.

"Tínhamos antecedentes", disse Mireya Garcia, ao lembrar que em sua
associação existem outros depoimentos sobre pessoas contrárias ao regime de Pinochet que foram presas e lançadas ao mar.

O procedimento utilizado pelo pastor metodista para entregar seu relatório causou mal-estar no governo, porque vai contra o acordo feito em 13 de junho, entre representantes das Forças Armadas e organizações humanitárias, de não divulgar as informações.

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