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Geórgia encerra motim de militares; presidente acusa Rússia
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da Folha Online
O Ministério do Interior da Geórgia informou nesta terça-feira que foi encerrado o motim de militares em um batalhão de blindados 30 quilômetros ao leste da capital georgiana, Tbilisi. O governo enviou tanques para conter o que chamou de "incidente isolado". O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, acusou a Rússia de financiar um golpe, acusação que Moscou rejeitou.
Os militares decidiram encerrar o motim após negociar diretamente com o presidente Saakashvili, na base militar de Mukhrovani. Os organizadores do motim foram detidos, segundo a televisão georgiana.
David Mdzinarishvili/Reuters |
Tanque georgiano se aproxima de base onde militares fazem motim contra manobras da Otan planejadas para esta semana no país |
Saakashvili, antes de ir à base para negociar com os amotinados, afirmou que a situação no país estava "sob controle" e ressaltou que a rebelião era um "incidente isolado". Em mensagem televisionada à nação, Saakashvili fez uma chamada para a Rússia "se abster de ações provocadoras", após denunciar que Moscou está concentrando forças junto às fronteiras da Geórgia.
Rússia e Geórgia protagonizaram um tenso conflito em agosto do ano passado, quando as forças russas confrontaram as forças georgianas que invadiram as regiões separatistas Ossétia do Sul e Abkházia. A oposição critica a atuação de Saakashvili no conflito e pede sua renúncia.
Após a notícia do motim, forças leais ao presidente cercaram completamente a base, enquanto a televisão mostrava imagens do deslocamento de blindados em direção a Mukhrovani.
Pacífico
A polícia impediu os jornalistas de se aproximarem da base amotinada, onde há centenas de soldados --não está claro quantos deles participaram da rebelião. A agência russa de notícias Interfax havia divulgado uma declaração do comandante da base, Mamuka Gorgishvili, em que ele criticava o governo, mas prometia não usar a força.
Zurab Kurtsikidze/Efe |
As tropas georgianas se deslocam até base onde militares organizam motim contra governo |
"Não se pode olhar calmamente o processo do país se esfacelando, o confronto em andamento. Mas nossa unidade de tanques não irá recorrer a quaisquer ações agressivas", afirmou o militar.
Analistas militares em Tbilisi disseram que a rebelião pode ter sido causada pela recusa de alguns oficiais em cumprirem as ordens do governo para dissolver bloqueios rodoviários da oposição.
O ministro da Defesa georgiano, David Sikharulidze, disse que o motim começou depois que, esta manhã, o Ministério do Interior anunciou que tinha sido desarticulado um complô para preparar um golpe de Estado.
"Segundo dados do Ministério [do Interior], os organizadores do golpe de Estado são ex-altos funcionários do Ministério da Defesa que estavam vinculados aos serviços secretos da Rússia", disse o porta-voz Shota Utiashvili.
"A conjuração militar era de envergadura e apontava, entre outros objetivos, contra as manobras da Otan em Tbilisi", acrescentou. A Organização do Tratado do Atlântico Norte planeja realizar manobras no país entre 6 de maio e 1º de junho. Moscou qualificou as manobras como "aberta provocação, que terá consequências negativas".
Rogozin disse que "os militares georgianos não podem receber adequadamente seus colegas [da Otan], pois estão brigando contra o seu próprio presidente".
O embaixador da Rússia junto à Otan, Dmitry Rogozin, disse que Saakashvili está tentando culpar Moscou por seus próprios problemas domésticos.
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