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05/05/2003 - 15h54

EUA planejam libertar mais de 12 prisioneiros de Guantánamo

da Folha Online

O governo dos Estados Unidos planeja libertar nesta semana mais de 12 prisioneiros capturados no Afeganistão que permanecem detidos na base naval norte-americana na baía de Guantánamo, na ilha de Cuba, afirmaram hoje autoridades da Defesa dos EUA.

A libertação deve ocorrer nos próximos dias, disseram duas autoridades da Defesa dos EUA, que pediram para não serem identificadas.

Segundo as fontes, trata-se de um grupo de 12 a 15 pessoas consideradas sem valor para a inteligência militar ou que não representam uma ameaça.

Pedido

As fontes negaram que a libertação é resultado de um pedido do secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, que pressiona o Pentágono a agilizar a decisão sobre a situação dos prisioneiros de Guantánamo --alguns deles estão presos há um ano e meio sem processos judiciais e sem acesso a advogados.

Em carta enviada ao secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, Powell disse que oito "aliados" dos EUA reclamaram a prisão de cidadãos de seus países em Guantánamo. Ele afirmou ainda que o fracasso no tratamento adequado dos prisioneiros estaria prejudicando as tentativas de ganhar cooperação internacional na luta contra o terrorismo.

Autoridades do Pentágono declararam hoje a carta enviada no dia 14 de abril não influenciou a futura libertação dos presos, que teria sido planejada desde quatro semanas atrás.

Adolescentes

Uma fonte disse que não sabia de que países os prisioneiros a serem libertados eram nem se eles incluiriam alguns dos diversos adolescentes presos no local. Informes de que vários garotos de 13 a 16 anos estavam entre os prisioneiros aumentaram as críticas de grupos de defesa dos direitos humanos e provocaram o pedido da imediata libertação.

Cerca de 660 prisioneiros de 42 países estão detidos na prisão, aberta em janeiro de 2002 na base naval americana na baía de Guantánamo, incluindo diversos capturados durante a guerra no Afeganistão.

Autoridades se negam a identificar os prisioneiros, seus países ou qualquer outro detalhe sobre eles, incluindo o número exato de presos.

Desde a inauguração da prisão, apenas 23 pessoas foram libertadas. Eram todos homens, incluindo um que seria doente mental e outro que teria mais de 70 anos de idade.

Com agências internacionais
 

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