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Em artigo, Fidel Castro afirma que Cuba não quer voltar à OEA
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da Efe, em Havana
da Folha Online
O ex-ditador cubano Fidel Castro reiterou nesta segunda-feira que Cuba, presidida por seu irmão, Raúl, não deseja voltar à OEA (Organização dos Estados Americanos), que a excluiu em 1962. "Cuba respeita os critérios de governos dos países irmãos da América Latina e do Caribe que pensam de outra forma, mas não deseja fazer parte dessa instituição."
Fidel, afastado do poder formalmente desde fevereiro de 2008 por problemas de saúde --e que, desde então, fez poucas aparições--, fez a afirmação em um novo artigo de sua série "Reflexões", publicada por veículos de imprensa oficiais. Em abril passado, na última edição da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, vários dirigentes da região defenderam o retorno de Cuba diante do presidente americano, Barack Obama.
No artigo, Fidel também reitera sua ideia de que as boas intenções de Obama não irão servir para mudar a política de Washington. "Os governos podem mudar, mas os instrumentos com os quais nos transformaram em colônia continuam sendo iguais", afirmou.
"Depois de um presidente com sentido ético nos EUA [Jimmy Carter, que governou de 1977 a 1981], tivemos durante os 28 anos seguintes três que cometeram genocídios e um quarto que internacionalizou o bloqueio" que Washington aplica contra Cuba, diz Fidel, acrescentando que "a OEA foi instrumento desses crimes".
Na sexta-feira (8), Fidel havia afirmado, também em artigo, que Carter "tratou de retificar" durante o seu mandato "a pérfida história" dos EUA contra Cuba, e destacou os acordos conseguidos então entre os dois países, como a criação dos Escritórios de Interesses em Havana e em Washington.
O ex-ditador cubano afirmou que Carter analisou em Cuba "questões importantes como os limites das águas territoriais e os direitos de cada um, o uso dos recursos energéticos compreendidos nas águas jurisdicionais de México, Cuba e EUA, assim como os recursos pesqueiros e outros pontos de iniludível atenção".
Fidel ainda comemorou o fato de Carter ter, "finalmente", dito que o fim do bloqueio dos EUA à ilha depende não apenas da boa vontade de Obama mas também da do governo cubano.
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