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11/05/2009 - 16h27

Jornalista solta no Irã deve voltar aos EUA em 5 dias; Obama saúda libertação

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colaboração para a Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou nesta segunda-feira a libertação da jornalista iraniano-americana Roxana Saberi, que estava presa no Irã. Ela foi condenada no mês passado a oito anos de prisão sob a acusação de espionar para os EUA, mas foi libertada nesta segunda por um tribunal de apelação, que reduziu a pena para dois anos, com liberdade condicional. Segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, Saberi deve voltar aos EUA nos próximos cinco dias.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o governo americano continua a ressaltar que Saberi foi acusada injustamente, mas saudou o que chamou de "gesto humanitário". Gibbs disse que Obama aguarda ansiosamente para receber Saberi de volta nos EUA.

03.abr.09/Abedin Taherkenareh /Efe
Saberi aparece trabalhando em uma imagem de arquivo; ela deixou prisão nesta segunda
Saberi aparece trabalhando em uma imagem de arquivo; ela deixou prisão nesta segunda

A jornalista foi libertada na manhã desta segunda-feira em Teerã. Ela disse à imprensa estar bem, mas preferiu não dar declarações, ao deixar de carro a prisão de Evin na companhia de seu pai, Reza Saberi.

O julgamento da apelação foi realizado neste domingo. No mesmo dia, Abdolsamad Khoramshahi, um dos advogados da jornalista, declarou que sua cliente havia sido condenada em primeira instância por "cooperação com um Estado hostil". Mas "o veredicto do primeiro tribunal foi anulado com o argumento de que os EUA não são um Estado hostil em relação ao Irã", explicou Salahe Nikbakht, outro advogado de Saberi.

Presa no final de janeiro em Teerã, a jornalista havia iniciado uma greve de fome no dia 21 de abril para protestar contra a sua condenação. Ela interrompeu o protesto duas semanas mais tarde.

Citado pelo site da TV estatal, o porta-voz da Justiça, Ali Reza Khamshidi, disse que Saberi havia sido libertada, mas estava proibida de trabalhar como jornalista no país.

Hillary Clinton se disse "muito estimulada" pela libertação, que foi saudada pelas organizações não governamentais Repórteres sem Fronteiras e Anistia Internacional para a qual Saberi "jamais deveria ter sido presa".

"Esta é uma excelente notícia. Essa decisão pode gerar jurisprudência para outros jornalistas detidos no Irã", considerou a RSF.

Amigos e vizinhos de Saberi Em Fargo, no Estado de Dakota do Norte, onde ela foi criada, também comemoraram a libertação. Marianna Malm, ex-professora de inglês de Saberi, chorou na manhã de hoje ao saber da decisão da Justiça iraniana. "Estas são lágrimas de alegria", disse ela. "É uma notícia maravilhosa."

Filha de um iraniano, Saberi nasceu e cresceu nos EUA, estudou jornalismo e relações internacionais e, há seis anos, morava e trabalhava no Irã. Antes, ela havia sido eleita Miss Dakota do Norte.

"A Justiça foi feita", disse Marilyn McGinley, presidente do concurso de miss no Estado. "Estamos muito ansiosos para trazê-la de volta para os Estados Unidos."

O governador John Hoeven e os deputados federais (representantes) do Estado disseram ter ficado satisfeitos com a notícia, e a Sociedade de Jornalistas Profissionais dos EUA divulgou uma declaração dizendo que celebrava a libertação de Saberi.

"O Irã tem um longo caminho a seguir para garantir a liberdade de imprensa, mas este é um pequeno sinal de que existe esperança para o futuro", disse Aeikens Dave, presidente da sociedade.

Com Efe, Associated Press e France Presse

 

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