Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/05/2003 - 11h24

Israel diz acreditar que o pior da Intifada já passou

da France Presse, em Jerusalém

O chefe do Estado-Maior israelense, Moshe Yaalon, disse hoje acreditar que o pior da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) já passou e que os esforços com vistas a uma solução política do conflito com os palestinos poderão finalmente dar frutos.

"O limite máximo da Intifada já foi superado", declarou Yaalon à rádio estatal israelense, em entrevista sobre as comemorações do 55º aniversário da criação de Israel.

Em outra entrevista, concedida ao jornal "Ha'aretz", Yaalon estimou que a situação de segurança de Israel melhorou consideravelmente no último ano, apesar do número ainda elevado de vítimas de atentados palestinos.

Segundo Yaalon, "a resposta que o Exército israelense e o Shin Beth [segurança interna] dão ao terrorismo é claramente mais eficiente do que antes".

Ceticismo

O general expressou entretanto ceticismo em relação à "guerra contra o terrorismo", declarada pelo novo governo do recém-empossado premiê palestino, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen).

"Tomamos nota de suas intenções, mas, até o momento, não fez nada. Deve reorganizar-se, reformar seus serviços de segurança e desarmar o Hamas e o Jihad Islâmico", disse Yaalon, referindo-se a grupos extremistas palestinos.

"A Autoridade Nacional Palestina já não pode se permitir palavras, tem de começar a agir, mobilizar seus esforços e conseguir resultados. Mas o risco é que, em lugar de ocupar-se do Hamas, os serviços de segurança palestinos tentam um acordo de cessar-fogo até que passe a tormenta", afirmou.

O general afirmou acreditar, porém, na possibilidade de uma solução política. "Não sou pessimista. Estamos no epicentro de um terremoto regional provocado pela estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, que fixaram como objetivo acabar com o terrorismo, com as armas de destruição em massa e com os regimes irresponsáveis", disse.

Ataque

Yaalon fez as declarações um dia depois de um ataque palestino na Cisjordânia, que matou um colono e feriu gravemente sua filha de seis anos, assim como um reservista do Exército.

O ataque, reivindicado hoje pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ocorreu poucas horas depois que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, havia prometido não deixar passar a "esperança" de paz.

"Apesar dos esforços da comunidade internacional para conseguir a paz, nos mantemos em luta contra o Exército e os colonos que permanecem em nossa terra", declarou um membro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, que reivindicou o ataque em nome do movimento armado vinculado ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat).

Especial
  • Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página