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06/05/2003
-
17h08
O grupo petroleiro norte-americano Halliburton, dirigido até o ano 2000 pelo vice-presidente Dick Cheney, tem relações comerciais com Irã, Iraque e Líbia há anos, apesar do embargo decretado contra esses países por Washington, afirmou um deputado democrata.
Em uma carta divulgada hoje, o deputado Henry Waxman, frequente crítico da administração republicana do presidente George W. Bush, afirma que as relações entre a Halliburton e esses países datam dos anos 1980 "e continuaram entre 1995 e 2000, quando Cheney dirigia a empresa".
Na carta dirigida ao secretário de Defesa Ronald Rumsfeld no dia 30 de abril, Waxman --chefe dos democratas no comitê de Reformas Governamentais da Câmara-- afirma que essas relações "aparentemente continuam hoje".
Terrorismo
"Recentemente, a Halliburton recebeu um papel importante e lucrativo na luta liderada pelos Estados Unidos contra o terrorismo. Existem evidências baseadas em informações da imprensa e de outras fontes de que a Halliburton se beneficiou em numerosos negócios com Estados que apoiam o terrorismo, entre eles dois dos três membros do 'eixo do mal' [designação de Bush para Irã, Iraque, Coréia do Norte]", diz a carta.
Segundo Waxman, a Halliburton "parece ter buscado eludir as restrições [ao comércio com esses países] abrindo filiais em territórios como as ilhas Caimã, microterritório situado a 600 km da Florida, considerado paraíso para lavagem de dinheiro.
"Desejaria saber o que sabe exatamente o Departamento de Defesa sobre essas relações e se o senhor pensa que elas deveriam ser fonte de preocupação para o Congresso e o contribuinte norte-americanos (...) Além de ser submetida à crítica, a firma [Halliburton] é premiada com contratos governamentais apreciáveis", escreve Waxman a Cheney.
Obediência ao governo
Una porta-voz da empresa, Wendy Hall, não desmentiu as acusações do deputado, mas destacou que a Halliburton sempre trabalhou de acordo com a lei.
"Com nossas filiais, operamos nos países de acordo com a lei (...) Onde o governo dos EUA pede às empresas que não comercializem, nós obedecemos", disse Hall.
Uma das filiais da Halliburton recebeu recentemente um contrato que poderia alcançar os US$ 7.000 milhões para extinção de incêndios em campos petrolíferos do Iraque.
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Empresa dos EUA é acusada de negociar com Irã, Iraque e Líbia
da France Presse, em WashingtonO grupo petroleiro norte-americano Halliburton, dirigido até o ano 2000 pelo vice-presidente Dick Cheney, tem relações comerciais com Irã, Iraque e Líbia há anos, apesar do embargo decretado contra esses países por Washington, afirmou um deputado democrata.
Em uma carta divulgada hoje, o deputado Henry Waxman, frequente crítico da administração republicana do presidente George W. Bush, afirma que as relações entre a Halliburton e esses países datam dos anos 1980 "e continuaram entre 1995 e 2000, quando Cheney dirigia a empresa".
Na carta dirigida ao secretário de Defesa Ronald Rumsfeld no dia 30 de abril, Waxman --chefe dos democratas no comitê de Reformas Governamentais da Câmara-- afirma que essas relações "aparentemente continuam hoje".
Terrorismo
"Recentemente, a Halliburton recebeu um papel importante e lucrativo na luta liderada pelos Estados Unidos contra o terrorismo. Existem evidências baseadas em informações da imprensa e de outras fontes de que a Halliburton se beneficiou em numerosos negócios com Estados que apoiam o terrorismo, entre eles dois dos três membros do 'eixo do mal' [designação de Bush para Irã, Iraque, Coréia do Norte]", diz a carta.
Segundo Waxman, a Halliburton "parece ter buscado eludir as restrições [ao comércio com esses países] abrindo filiais em territórios como as ilhas Caimã, microterritório situado a 600 km da Florida, considerado paraíso para lavagem de dinheiro.
"Desejaria saber o que sabe exatamente o Departamento de Defesa sobre essas relações e se o senhor pensa que elas deveriam ser fonte de preocupação para o Congresso e o contribuinte norte-americanos (...) Além de ser submetida à crítica, a firma [Halliburton] é premiada com contratos governamentais apreciáveis", escreve Waxman a Cheney.
Obediência ao governo
Una porta-voz da empresa, Wendy Hall, não desmentiu as acusações do deputado, mas destacou que a Halliburton sempre trabalhou de acordo com a lei.
"Com nossas filiais, operamos nos países de acordo com a lei (...) Onde o governo dos EUA pede às empresas que não comercializem, nós obedecemos", disse Hall.
Uma das filiais da Halliburton recebeu recentemente um contrato que poderia alcançar os US$ 7.000 milhões para extinção de incêndios em campos petrolíferos do Iraque.
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