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12/05/2009 - 22h41

Mulher que diz ter filho de Lugo juntou dinheiro para fazer teste de DNA

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colaboração para a Folha Online

O advogado de uma das mulheres que asseguram ter tido um filho com o presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo, quando ele ainda era sacerdote, anunciou nesta terça-feira que ela arrecadou com doações o dinheiro necessário para que o presidente se submeta a um exame de DNA, cuja análise final será feita em Curitiba (PR).

Leong Je Park, advogado de Benigna Leguizamón, que mora em um bairro da periferia de Ciudad del Este, a 330 quilômetros de Assunção, disse que a cliente conseguiu os 3,5 milhões de guaranis (R$ 1.430) para que Lugo seja submetido ao exame.

Segundo ele, Leguizamón arrecadou o valor com a ajuda da população através de depósitos em contas correntes de quatro bancos da cidade, devido à recusa do presidente em arcar com as despesas derivadas do exame.

Ela recusou propostas de políticos que queriam pagar o exame e, nesta terça-feira a oferta de um laboratório local para realizá-lo gratuitamente, disse Park, que explicou que as amostras genéticas serão extraídas em Assunção e posteriormente enviadas a Curitiba para a análise final.

A jovem, de 27 anos, que vive da fabricação caseira de detergente, assegura que o segundo dos quatro filhos que tem, de seis anos e concebido em Choré, no departamento de San Pedro (centro), a região mais pobre do país e onde o agora presidente foi bispo por pouco mais de uma década, é fruto de uma relação com Lugo.

O caso de Leguizamón se soma ao reconhecimento legal feito em 13 de abril por Lugo do filho que teve com Viviana Carrillo, Guillermo Armindo, nascido em 4 de maio de 2007, cinco meses depois que o presidente renunciou ao estado clerical para concorrer à Presidência.

Além disso, uma terceira mulher, Hortensia Morán Amarilla, de 39 anos, disse a jornalistas em 22 de abril que concebeu um filho do chefe de Estado, Juan Pablo, de um ano, mas destacou que não tem a intenção de processar Lugo.
"Dor"
Sem citar diretamente o caso de Lugo, bispos do Conselho Episcopal Latino-americano declararam nesta terça-feira estarem "preocupados" e "magoados" com os escândalos que têm envolvido a quebra do celibato por sacerdotes, mas a questão não será discutida na 32ª assembleia da entidade, realizada em Manágua.

"O que está acontecendo nos dói [...] estamos preocupados, não somos cegos para a situação que tem vivido o mundo sacerdotal, mas o celibato é um carisma, um dom que Deus dá" e um compromisso por parte da própria consciência do padre, disse à imprensa o porta-voz do Celam, monsenhor Héctor Gutiérrez.

Ele participa da assembleia que reúne 60 bispos do continente, que desta terça-feira até a próxima sexta vai discutir o trabalho pastoral e evangelizador da Igreja no seminário de Fátima, no sudoeste Manágua.

A reunião ocorre em um momento em que a Igreja Católica na América Latina tem sido abalada pelo escândalo de paternidade de Fernando Lugo, e pelo caso do padre Alberto Cutié, um cubano-americano popular entre a comunidade latina nos EUA, que foi fotografado aos beijos com uma mulher em uma praia em Miami. Ele admitiu publicamente que está apaixonado.

Esses casos "não vão ser apreciados [na reunião], mas estão na mente todos de todos os bispos", porque é uma situação que preocupa e faz mal à igreja, disse Gutierrez.

Com Efe e France Presse

 

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