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EUA e Reino Unido pedem trégua no Sri Lanka
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colaboração para a Folha Online
da Efe
Os Estados Unidos e Reino Unido expressaram nesta quarta-feira preocupação com a crise humanitária no Sri Lanka e pediram ao governo cingalês e à guerrilha dos Tigres Tâmeis para que coloquem fim imediatamente aos confrontos e que permitam a retirada dos civis.
Somente nesta quarta-feira, 50 pessoas morreram no segundo dia de ataque ao único hospital na zona norte do Sri Lanka. Ao todo, 164 pessoas foram mortas em três ataques ao longo de onze dias ao hospital. Mais de 400 civis morreram nos últimos dias nos confrontos entre rebeldes e o Exército.
Em comunicado conjunto, emitido depois da reunião bilateral da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e do ministro das Relações Exteriores britânico, David Miliband, os dois se mostraram "alarmados" com o alto número de mortes de civis registradas durante os últimos dias na zona segura.
Neste sentido, expressaram a "profunda preocupação com a crise humanitária no norte do Sri Lanka causada pelas contínuas hostilidades na região". Os governos, pediram "às duas partes para que cessem imediatamente as hostilidades e permitam a evacuação segura dos dezenas de milhares de civis presos na zona segura".
AP | ||
Campos de refugiados viram alvo de bombardeios no Sri Lanka; mais de 400 morreram nos últimos dias |
Hillary e Miliband agradeceram pelo "contínuo esforço da ONU [Organização das Nações Unidas] e de seu pessoal destacado no Sri Lanka", e pediram ao governo cingalês e à guerrilha tâmil que permitam à equipe humanitária do organismo visitar a zona do conflito para retirar os civis.
Os chanceleres também pediram às partes em conflito que encontrem uma solução política que reconcilie os cingaleses e que permita a participação dos tâmeis e de outras minorias na política nacional.
Histórico
O ataque aconteceu depois de um fim de semana violento, no qual os conflitos entre tropas do governo e os rebeldes do grupo Tigres Tâmeis, encurralados em uma pequena zona de conflito, no norte do país, aumentaram. Os rebeldes estão ao lado de cerca de 50 mil civis encurralados na zona de conflito, conforme estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas).
O governo cingalês rejeita qualquer trégua ou cessar-fogo, por considerar estar próximo da vitória. O comando dos Tigres Tâmeis rejeita a rendição e exige que todos os rebeldes carreguem uma cápsula de cianeto e a engulam, em caso de captura.
Os rebeldes lutam, desde 1983, para criar um território independente para a minoria étnica tâmil, que sofreu discriminação com os sucessivos governos da maioria cingalesa. Tanto os Estados Unidos quanto a Europa consideram o grupo terrorista.
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