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13/05/2003 - 11h43

Atentados deixam mais de 90 mortos em Riad, dizem EUA

da Folha Online

Os atentados suicidas que aconteceram ontem à noite em Riad, capital da Arábia Saudita, deixaram mais de 90 mortos, incluindo entre 10 e 12 norte-americanos e nove supostos terroristas, disse hoje o Departamento de Estado dos EUA, segundo as agências de notícias France Presse e Associated Press.

Os ataques tiveram como alvos três condomínios residenciais habitados principalmente por norte-americanos.

"Contamos mais de 90 mortos", disse uma fonte do Departamento de Estado, advertindo que o número poderia aumentar.

Reuters
Destroços de condomínio residencial atingido por explosão em Riad, capital da Arábia Saudita


Outra fonte declarou que o atual balanço de vítimas é de 91 mortos e disse que espera que o número aumente. Ao menos 30 norte-americanos ficaram feridos, declarou.

Ambas fontes, que pediram para não serem identificadas, deram cifras significantemente maiores das divulgadas anteriormente pelo Ministério do Interior da Arábia Saudita.

Segundo o ministério, 29 pessoas morreram, incluindo nove supostos terroristas e sete norte-americanos, e 194 ficaram feridas.

Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, havia afirmado em Riad que dez norte-americanos e muitos ocidentais estavam entre os mortos. Um fonte médica saudita tinha declarado que 25 pessoas haviam sido mortas.

O ministério saudita deu um balanço da nacionalidade dos mortos: duas crianças jordanianas, dois filipinos, um libanês, um suíço, sete sauditas e sete norte-americanos.

Segundo o ministério, nove corpos encontrados nos locais das explosões eram aparentemente dos autores dos ataques suicidas.

"Os guardas da segurança dos condomínios trocaram tiros com os terroristas antes das explosões. Uma investigação está sendo realizada sobre os autores do ataque", declarou.

Carros-bomba

Três carros-bomba causaram as primeiras explosões, que ocorreram em condomínios residenciais onde vivem norte-americanos e outros cidadãos ocidentais. O ministro de Interior saudita disse a um jornal local que os carros-bomba eram conduzidos por terroristas suicidas.

Os atentados ocorreram contra alvos situados a cerca de 5 km de distância, nos bairros de Cordoba, Ishbiliya e Gharnata, na capital da Arábia Saudita.

Em alguns casos, houve tiroteios, afirmaram fontes diplomáticas norte-americanas, acrescentando que no terceiro dos condomínios atacados "os carros atravessaram as portas e mataram os guardas".

Al Qaeda

As explosões ocorreram horas antes da chegada à Arábia Saudita de Powell, que chegou hoje de manhã a Riad. De acordo com o secretário norte-americano, os atentados "parecem ter a marca da Al Qaeda", rede terrorista de Osama bin Laden, acusada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA. Powell qualificou de "criminosos" e "covardes" os atentados e pediu para redobrar os esforços para combater o terrorismo.

De acordo com testemunhas locais, a Al Qaeda tentaria com os atentados dinamitar os esforços norte-americanos de relançar o processo de paz no Oriente Médio com a aplicação de um plano organizado pelos EUA, Rússia, Organização das Nações Unidas e União Européia.

As mesmas fontes disseram que a onda terrorista também seria uma clara mensagem à realeza saudita para que rompa todos os laços com os EUA, se pretende continuar no poder.

Os atentados ocorreram após a descoberta na semana passada em Riad de uma grande quantidade de explosivos e a detenção de 19 militantes islâmicos que as autoridades sauditas vincularam com a Al Qaeda.

Com agências internacionais
 

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