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EUA podem atacar Irã em 2007, dizem analistas
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da Folha Online
da France Presse
O governo americano poderá optar por um ataque militar contra o Irã em 2007, bombardeando instalações nucleares iranianas ao invés de insistir na via diplomática, avaliaram especialistas em Washington nesta terça-feira.
"Acho que vão fazer isso", disse à France Presse John Pike, diretor do Globalsecurity.org, um centro de análise de temas militares, a respeito das intenções do presidente americano George W. Bush de atacar o Irã.
Segundo Pike, os EUA podem "bombardear instalações de armas de destruição em massa no próximo verão (o que corresponde ao inverno no hemisfério sul)", mas esta operação será "limitada" e não será seguida de uma invasão.
No final de semana, o jornalista americano Seymour Hersh reavivou tal hipótese, ao afirmar que os falcões do governo Bush, com o vice-presidente Dick Cheney à frente, estão dispostos a atacar o Irã. Ele acredita que o governo pode ignorar a aprovação do Congresso, que a partir de janeiro estará nas mãos dos democratas.
Opção militar
Em uma matéria publicada na revista The New Yorker, o jornalista, autor do livro "Cadeia de Comando" (em português), revelou que um mês antes das eleições legislativas de 7 de novembro Cheney participou de uma reunião dedicada ao Irã.
Segundo Hersh, o vice-presidente sinalizou que, mesmo em caso de uma vitória democrata, não se descartaria a opção militar contra o país persa.
A Casa Branca já divulgou uma nota rechaçando as afirmações e alegando que a matéria está "cheia de imprecisões". Joseph Cirincione, especialista do Center for American Progress, think tank ligado aos democratas, também acredita que a opção militar contra o regime de Mahmoud Ahmadinejad esteja na ordem do dia do governo americano.
"Não é realista, mas não quer dizer que não vá ser feito. É menos provável depois das eleições, mas ainda é completamente possível", admitiu.
Para ele, o governo Bush está tentado com a idéia de "suprimir o regime iraniano", como fez com o de Saddam Hussein, no Iraque, e o dos talebans, no Afeganistão. "O programa nuclear é uma razão, mas no fundo está a idéia de que a força militar americana pode ser utilizada para transformar completamente o Oriente Médio", acrescentou Cirincione, acusando os neoconservadores de continuarem a promover a opção militar.
Pró-ataque
Em coluna publicada domingo no jornal "Los Angeles Times", Joshua Muravchik, especialista do think tank neoconservador American Enterprise Institute (AEI), defendeu um ataque ao Irã.
"Devemos bombardear o Irã", afirmou. "A via diplomática e as sanções não levaram a parte alguma (...) Nossas opções se reduziram a apenas duas: podemos nos preparar para viver com o Irã dotado de armas nucleares ou utilizar a força para impedi-lo", insistiu.
O governo israelense, aliado dos EUA na região, também pressiona Washington para que seja mais duro com o Irã. Na semana passada, o vice-ministro israelense da Defesa, Ephraim Sneh, garantiu não descartar um ataque preventivo militar contra o Irã.
Parecendo alheio a tudo isso, o presidente iraniano disse nesta segunda-feira (20) que Israel seria incapaz de atacar as unidades nucleares nacionais no momento e classificou as declarações israelenses de "guerra psicológica".
Com agências internacionais
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