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25/05/2003
-
09h57
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ganhou hoje a aprovação de seu gabinete para o plano internacional de paz para o Oriente Médio que inclui o histórico pedido de estabelecimento de um Estado palestino até 2005.
Superando a oposição de ministros da extrema direita e membros de seu próprio partido Likud, Sharon conseguiu a aprovação do gabinete por uma votação de 12 a 7 e quatro abstenções, após seis horas de debate, declarou um porta-voz do governo israelense.
O cenário agora está preparado para uma possível cúpula entre israelenses e palestinos com a presença do presidente dos EUA, George W. Bush.
Sob pressão de Washington, o premiê israelense anunciou na sexta-feira (23) que aceitava relutantemente o projeto --é o mais ambicioso plano de paz no Oriente Médio desde que Sharon tomou poder, 26 meses atrás.
Compromisso
Israelenses opositores da proposta apontaram que a aceitação formal do plano de paz comprometia Israel pela primeira vez ao estabelecimento de um Estado palestino, previsto no plano para 2005.
"O mais importante agora é Israel implementar [o plano de paz] inteiramente", afirmou o ministro palestino Iasser Abed Rabbo, depois da votação israelense. "Israel deve parar a punição coletiva e a expansão do assentamento."
Os palestinos, que começaram uma revolta contra a ocupação israelense há 32 meses, apóiam o plano, proposto pelo "quarteto" (EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia).
Divisão
O chanceler palestino, Nabil Shaath, declarou que a aprovação israelense seria seguida de conversas amanhã entre o premiê palestino, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), e Sharon.
"A hora de dividir esse pedaço de terra entre nós e os palestinos chegou", disse Sharon em entrevista ao jornal "Yedioth Ahronoth", antes da votação, sem indicar quanto do território ocupado Israel estaria preparado a abrir mão.
Os primeiros passos previstos no plano pedem o fim total da violência da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) e o congelamento da colonização judaica nos territórios ocupados.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
Gabinete israelense aprova plano de paz para o Oriente Médio
da Folha OnlineO primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ganhou hoje a aprovação de seu gabinete para o plano internacional de paz para o Oriente Médio que inclui o histórico pedido de estabelecimento de um Estado palestino até 2005.
Superando a oposição de ministros da extrema direita e membros de seu próprio partido Likud, Sharon conseguiu a aprovação do gabinete por uma votação de 12 a 7 e quatro abstenções, após seis horas de debate, declarou um porta-voz do governo israelense.
O cenário agora está preparado para uma possível cúpula entre israelenses e palestinos com a presença do presidente dos EUA, George W. Bush.
Sob pressão de Washington, o premiê israelense anunciou na sexta-feira (23) que aceitava relutantemente o projeto --é o mais ambicioso plano de paz no Oriente Médio desde que Sharon tomou poder, 26 meses atrás.
Compromisso
Israelenses opositores da proposta apontaram que a aceitação formal do plano de paz comprometia Israel pela primeira vez ao estabelecimento de um Estado palestino, previsto no plano para 2005.
"O mais importante agora é Israel implementar [o plano de paz] inteiramente", afirmou o ministro palestino Iasser Abed Rabbo, depois da votação israelense. "Israel deve parar a punição coletiva e a expansão do assentamento."
Os palestinos, que começaram uma revolta contra a ocupação israelense há 32 meses, apóiam o plano, proposto pelo "quarteto" (EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia).
Divisão
O chanceler palestino, Nabil Shaath, declarou que a aprovação israelense seria seguida de conversas amanhã entre o premiê palestino, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), e Sharon.
"A hora de dividir esse pedaço de terra entre nós e os palestinos chegou", disse Sharon em entrevista ao jornal "Yedioth Ahronoth", antes da votação, sem indicar quanto do território ocupado Israel estaria preparado a abrir mão.
Os primeiros passos previstos no plano pedem o fim total da violência da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) e o congelamento da colonização judaica nos territórios ocupados.
Com agências internacionais
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