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UE considera ilegítimas eleições parlamentares na Ossétia do Sul
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colaboração para a Folha Online
A União Européia (UE) considerou nesta segunda-feira que as eleições parlamentares realizadas neste domingo na região da Ossétia do Sul, que busca a separação da Geórgia, são "ilegítimas". Em um comunicado, o governo da República Tcheca, que ocupa a Presidência rotativa do bloco, disse que a eleição representa um "golpe" para a estabilidade na região.
No texto, o governo tcheco afirmou que a UE "não aceita a legalidade das 'eleições' nem de seus resultados".
O comunicado reiterou ainda "o firme apoio da UE à soberania e à integridade territorial da Geórgia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas".
A Geórgia também assegurou nesta segunda-feira que não reconhece a votação. "É impossível que eleições realizadas pelo governo de Tskhinvali [capital da Ossétia do Sul] sejam reconhecidas como legítimas", disse o presidente do Parlamento georgiano, David Bakradze. Ele afirmou que as eleições "não cumprem com nenhuma das normas internacionais".
A Rússia reconheceu a Ossétia do Sul como um país independente após a guerra de agosto do ano passado que colocou forças russas e separatistas contra tropas georgianas. A Nicarágua é o único país que também reconhece a independência.
Os resultados das eleições parlamentares, que terminaram na noite deste domingo (31), podem fortalecer o líder regional pró-Moscou Eduard Kokoity, que enfrenta acusações de corrupção e má administração.
Em declarações à emissoras de televisão, ele disse que "nosso país passou por outro teste de maturidade".
O partido governista Unidade, leal a Kokoity, venceu a eleição com 46,38% dos votos e ficará com 17 das 34 cadeiras no legislativo da região separatista. O Partido do Povo ganhou nove cadeiras, e os comunistas, oito.
Críticos de Kokoity, ex-adepto da luta livre, alegam que ele reprime dissidentes e intimida opositores com ameaças de violência. Eles afirmam que a ajuda monetária russa para restaurar a infra-estrutura do país após a guerra de cinco dias no ano passado desapareceu, e pediram à população que boicotasse as eleições.
Mas, segundo a Comissão Eleitoral Central, 81,93% dos eleitores foram às urnas.
Não participaram das eleições os quase 30 mil georgianos que foram forçados a fugir da Ossétia do Sul após a guerra.
Com Efe e Associated Press
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