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02/06/2009 - 18h11

Bombardeio de caças mata dois em vila do Sudão, diz líder rebelde

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da Reuters, em Cartum (Sudão)

O comandante do grupo rebelde Movimento Justiça e Igualdade (JEM, na sigla em inglês), Suleiman Sandal, denunciou nesta terça-feira que um bombardeio promovido por caças do governo sudanês na vila de Furawiya, a noroeste de Darfur (Sudão), deixaram dois mortos e 15 feridos, nesta segunda-feira (1º).

"Eles [caças do governo] miravam em poços de água", disse Sandal. Procurado pela agência de notícias Reuters, o Exército do Sudão não comentou os ataques. O assentamento em Furawiya fica a cerca de 70 km da fronteira com o Chade e a 240 km a noroeste de Darfur.

19.mar.2009/Nasser Nasser/AP
Refugiados fazem fila para conseguir água no campo de Zamzam, na região de Darfur; campo fica próximo da cidade e al Fasher
Refugiados fazem fila para conseguir água no campo de Zamzam, na região de Darfur; campo fica próximo da cidade e al Fasher

Além do acampamento, um mercado foi destruído durante o ataque. Segundo Sandal, 70 ovelhas morreram durante os bombardeios.

Nas últimas semanas, rebeldes do JEM abandonaram seus acampamentos em Kornoi e Umm Baru --que ficam próximos a Furawiya-- após intensos bombardeios de caças e helicópteros sudaneses. Conforme o governo, 64 pessoas morreram apenas em Umm Baru.

A violência em Darfur explodiu há seis anos, quando rebeldes majoritariamente não árabes pegaram em armas contra o governo do Sudão, acusando-o de negligenciar o desenvolvimento da região.

Segundo o subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, John Holmes, 300 mil pessoas morreram no conflito. O governo sudanês estima em 10 mil o número de mortes. As Nações Unidas calculam em 2,7 milhões o número de pessoas deslocadas pelos combates.

Grupos de defesa dos direitos humanos e o Congresso dos Estados Unidos classificaram a situação de Darfur de genocídio, e o TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu em 4 de março deste ano uma ordem de prisão contra o presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al Bashir, por crimes de guerra na região. O mesmo tribunal acusou grupos rebeldes neste mês por um ataque mortal a tropas de paz da UA (União Africana) que ocorreu há um ano e meio.

 

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