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29/05/2003 - 14h56

Xiitas iraquianos protestam contra ocupação dos EUA

da France Presse, em Bagdá

Centenas de xiitas iraquianos protestaram hoje contra a ocupação norte-americana do Iraque durante uma manifestação em Bagdá.

Ao grito de "britânicos e americanos traidores" e "nos sacrificaremos pela liberdade", centenas de xiitas, entre eles autoridades religiosas, desfilaram por uma das principais ruas da capital.

Vários manifestantes afirmaram vir da cidade sagrada de Najaf, sede da principal Hawza, a instituição religiosa de referência para os xiitas, ou de Al Hillah, 80 km ao sul de Bagdá, onde, segundo denunciaram, nove professores e estudantes de teologia foram presos pelas forças americanas.

Erguendo retratos de dirigentes xiitas, os manifestantes acusaram as tropas americanas de terem saqueado edifícios da Hawza em Najaf, 100 km ao sul de Bagdá.

"Os americanos nos perseguem, mas não fazem nada contra os ladrões e os mafiosos de nossas ruas. Estes demonstram que querem semear o caos em nosso país", declarou o xeque Haidar Al-Musaui.

Cinema

Ao amanhecer, um cinema de Bagdá, ameaçado de fechamento por grupos religiosos, especialmente xiitas, foi alvo de um ataque com granada.

O ataque contra o cinema não provocou danos materiais. A granada foi lançada quando uma camionete e um microônibus passavam em frente ao cinema, segundo testemunhas.

Os imãs ordenaram aos cinemas que fechassem suas portas e exigiram o fim da venda de álcool na cidade, onde autoridades xiitas religiosas, cuja comunidade é majoritária no Iraque, querem impor sua autoridade depois da queda de Saddam Hussein no dia 9 de abril.

O Exército americano teve de esvaziar o posto de polícia, que compartilhava com policiais iraquianos, na cidade de Hit (200 km ao oeste de Bagdá), depois dos violentos enfrentamentos de ontem com a população, que deixaram um saldo de cinco feridos, dois deles militares americanos.

Morte

Um soldado americano morreu hoje ao ser atingido por "disparos hostis" num ataque "enquanto circulava numa rota de reabastecimento no Iraque", anunciou o Comando Central dos EUA num comunicado.

O general David McKiernan, comandante das forças terrestres da coalizão anglo-americana, disse que o soldado morreu num "ataque contra uma caravana" numa estrada ao norte de Bagdá.

Três soldados americanos morreram e outros 18 ficaram feridos em ataques no Iraque desde terça-feira passada.

Diante destes ataques antiamericanos, uma autoridade militar dos EUA no Iraque afirmou hoje que tropas suplementares serão enviadas para o oeste do país, para continuar a "guerra" contra os "bolsões de resistência do regime" derrotado de Saddam Hussein.

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