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29/05/2003 - 18h37

EUA dizem confiar em informações sobre armas proibidas no Iraque

da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, considera que as informações sobre a existência de armas proibidas no Iraque foram ''confirmadas'', apesar de nada ter sido encontrado até o momento, anunciou hoje o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

''O presidente está realmente satisfeito com a informação da inteligência sobre o assunto'', disse ele citando a descoberta, em abril, de dois laboratórios móveis que poderiam ter sido usados para produzir armas químicas ou biológicas.

''Encontramos os caminhões que só poderiam ser usados com o propósito de produzir armas biológicas. Essa é a prova perfeita apresentada'', disse Fleischer.

Um funcionário de alto escalão do governo esclareceu posteriormente que Fleischer foi inexato: os caminhões poderiam ser usados com outros objetivos.

Bush baseou a argumentação a favor da guerra para derrotar Saddam Hussein no fato de que o ex-líder iraquiano contava com armas químicas e biológicas, podendo entregá-las a terroristas para a prática de ataques como os do 11 de setembro de 2001.

Ênfase nas armas proibidas

A decisão do governo norte-americano de enfatizar a ameaça das armas de destruição em massa para justificar uma guerra no Iraque foi adotada por ''razões burocráticas'', disse o subsecretário de Defesa dos EUA, Paul Wolfowitz, em entrevista à revista ''Vanity Fair'' que será publicada na próxima quarta-feira (4).

Segundo Wolfowitz, a questão das armas de destruição em massa nunca foi a principal razão da guerra preventiva dos Estados Unidos para derrubar o regime de Saddam Hussein.

''Por razões burocráticas, concordamos num ponto, o das armas de destruição em massa, porque era a única razão na qual todo o mundo estava de acordo'', declarou Wolfowitz.

''Maquiagem''

Um funcionário do alto escalão da inteligência britânica acusou hoje o governo do Reino Unido de ter ''maquiado'' um dossiê sobre armas de destruição em massa no Iraque para aumentar o impacto do documento.

De acordo com o funcionário, o dossiê foi ''transformado'' uma semana antes de ser publicado, em setembro do ano passado, a pedido do governo britânico.

Entre as mudanças estaria a inclusão, na versão final do texto, da informação de que Saddam Hussein poderia usar armas biológicas e químicas em apenas 45 minutos.

Com agências internacionais

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