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Eleições europeias são marcadas por baixa participação e vitória de conservadores
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da Folha Online
Marcada pela baixa participação de eleitores, a disputa continental pelo Parlamento Europeu sagrou os partidos de centro-direita, mais conservadores, como principais vencedores, segundo os primeiros resultados divulgados. Os 27 países membros do bloco iniciaram a disputa na quarta-feira e fecharam as urnas neste domingo.
O pleito foi marcado por fortíssima abstenção, com apenas 43% do total de eleitores --cerca de 375 milhões de pessoas, espalhadas por 27 países-- comparecendo às urnas. Resultados preliminares apontavam que o Partido Popular Europeu, de direita, sairia das urnas com algo entre 263 e 273 cadeiras entre as 736 disputadas.
Os socialistas devem ficar com algo entre 155 e 165 assentos. Na atual legislatura, entre as 785 cadeiras no Parlamento, os conservadores detêm 288 vagas, contra 217 dos socialistas.
Na Alemanha, país que detém o maior número de eurodeputados (99), os conservadores da chanceler (premiê) Angela Merkel derrotaram seus principais adversários da centro-esquerda. O grupo direitista obteve 40% dos votos.
Na Espanha, onde os conservadores ocupam lugar na oposição, superaram os socialistas do chefe do governo José Luis Rodríguez Zapatero, em meio à pior recessão dos últimos 15 anos no país e o enorme desemprego.
O partido de direita do presidente Nicolas Sarkozy saiu vitorioso das urnas na França. O grupo obteve aproximadamente 28% dos votos, contra 17% dos socialistas. O país conta com 72 eurodeputados.
Na Itália, o partido do primeiro-ministro Silvio Berlusconi conseguiu 35,6% dos votos, na votação local com menor taxa de comparecimento às urnas --65%. Na Áustria, o partido eurocético conquistou um avanço significativo, enquanto os sociais-democratas, atualmente no poder amargaram a pior derrota política de sua história.
O partido de extrema-direita do Reino Unido chegou pela primeira vez à Eurocâmara, ao mesmo tempo em que os trabalhistas do primeiro-ministro Gordon Brown sofreram sua pior derrota, relegados ao terceiro lugar atrás dos conservadores, que conquistaram 26% dos votos.
Disputa continental
Em países como Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Holanda, Hungria, Letônia, Lituânia, Portugal, Polônia e Romênia, os conservadores (blocos de centro-direita ou extrema direita) lideravam as pesquisas, enquanto os socialistas e partidos de esquerda perdiam vagas.
Na Grécia, os conservadores gregos, atualmente no poder, sofreram sua primeira derrota em cinco anos, perdendo lugar para os socialistas. Na Eslováquia, o partido de esquerda Smer, atualmente no poder, liderou com 32% dos votos. O país registrou uma das mais baixas taxas de comparecimento: 19,64%.
A Irlanda registrou a derrota do partido centrista Fianna Fail, do primeiro-ministro Brian Cowen. Principal partido opositor de centro, o Fine Gael comemora a liderança. Em Luxemburgo, a vitória deve ficar com o partido social-cristão CSV, do primeiro-ministro Jean-Claude Juncker.
Em Malta e República Tcheca também estavam vencendo partidos de esquerda. Na Suécia, o destaque ficou com o Partido Pirata sueco. Defendendo a legalização do compartilhamento de arquivos e mais privacidade na internet, o grupo conquistou uma cadeira no Parlamento Europeu pela primeira vez.
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