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12/06/2003 - 16h53

Ataques israelenses em Gaza e na Cisjordânia matam 9 e ferem 43

da Folha Online

O Exército israelense matou hoje dois militantes do grupo extremista palestino Jihad islâmico e feriu três palestinos em um confronto armado em Jenin (norte da Cisjordânia). Em Gaza, um ataque aéreo israelense deixou sete mortos e 40 feridos.

Na Cisjordânia, de acordo com a segurança palestina, foram registrados intensos tiroteios e dois helicópteros Apache israelenses sobrevoaram Jenin.

As vítimas foram Saleh Jeradat, 34, um chefe local das Brigadas Al Qods (braço armado do Jihad Islâmico), e Fahdi Jeradat, 25, segundo as fontes. Outros três palestinos ficaram feridos na ação, entre eles uma menina de sete anos atingida por uma bala na cabeça. As Brigadas Al Qods prometeram uma respostas aos "crimes" israelenses, em um comunicado.

O confronto ocorreu pouco depois de um israelense ter sido morto por disparos palestinos quando circulava em um veículo perto dali, na localidade vizinha de Yabed. O ataque foi reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat).

Gaza

No terceiro ataque aéreo em 24 horas, helicópteros israelenses lançaram hoje mísseis contra um carro em Gaza, deixando sete mortos, incluindo um bebê, e 40 feridos, segundo médicos.

Yasser Taha, um membro do Izzedin al Qassam, braço armado do grupo extremista islâmico Hamas, sua mulher e sua filha de dois anos foram mortos no ataque, segundo fontes palestinas. Entre os objetos retirados do carro em chamas havia uma mamadeira.

O carro estava passando pelo bairro Sheik Radwan, na cidade de Gaza, um bastião do Hamas, quando foi atingido por três mísseis, declararam testemunhas. O carro ficou em chamas.

Enquanto testemunhas correram para tentar resgatar as vítimas, um quarto míssil atingiu o carro, declarou Mussallam Amaireh, 52, vigia de uma mesquita nas proximidades do local do incidente.

Violência

Trata-se do terceiro bombardeio israelense em Gaza nas últimas 24 horas. Os dois primeiros deixaram 11 mortos, incluindo quatro membros do braço militar do Hamas. O grupo reivindicou a autorida do atentado suicida de ontem contra um ônibus no centro de Jerusalém, que deixou 17 mortos, além do homem-bomba.

Na hora do bombardeio de hoje, as ruas estavam lotadas de pessoas que haviam comparecido ao funeral de vítimas dos dois ataques aéreos realizados anteriormente.

A intensificação da violência na região ocorre apenas alguns dias após o presidente norte-americano George W. Bush ter lançado, junto com ONU (Organização das Nações Unidas), Rússia e União Européia, um plano de paz para o Oriente médio, com o objetivo de colocar fim a 32 meses de conflito e criar um Estado palestino até 2005.

Com agências internacionais

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