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16/06/2003 - 16h32

Explosão de carro em Bagdá deixa dois mortos

da Folha Online

Um carro explodiu hoje em um bairro na região nordeste de Bagdá, matando uma mulher e uma menina, informaram moradores.

A causa da explosão ainda não está clara, mas ela aparentemente aconteceu em um cruzamento onde forças dos EUA tinham postos de controle até meia hora antes da explosão.

O carro, um Volkswagen Passat vermelho, foi destruído pela explosão.

Pelo menos sete soldados americanos ficaram feridos em dois ataques contra caravanas militares no norte de Bagdá, enquanto várias unidades da coalizão anglo-americana prosseguiam hoje as operações destinadas a neutralizar os últimos fiéis de Saddam Hussein no Iraque.

Ataques

Em um dos ataques, perto da cidade de Mushahidah (35 km ao norte de Bagdá), ficaram feridos seis soldados, dois deles gravemente, disse o comandante Sean Gibson.

"Seis americanos foram feridos neste ataque. Dois gravemente e quatro ligeiramente", afirmou.

Segundo o Comando Central dos EUA, "um ônibus civil iraquiano foi atingido ontem perto da cidade de Mushahidah, por um inimigo que disparou uma [granada] RPG contra uma caravana de soldados da 4ª Divisão de Infantaria".

Os militares responderam "para proteger a caravana e o ônibus", afirmou o Comando Central sem precisar o número de passageiros feridos.

Em outro incidente no mesmo dia, perto de Al Dujayl (50 km ao norte de Bagdá), um soldado ficou ferido, segundo o comandante Gibson.

"Um americano ficou ferido mas não sabemos [a gravidade] de seu estado", disse.

"Forças inimigas"

O Comando Central tinha afirmado que "forças inimigas dispararam contra uma caravana militar". "Os soldados responderam e os agressores fugiram", afirmou.

"Os partidários do ex-regime continuam colocando em perigo civis inocentes. As forças da coalizão querem isolar e destruir os focos de resistência que atrasam a transição para um Iraque estável e pacífico", disse o Comando Central.

Desde ontem, o Exército americano leva adiante a operação Escorpião do Deserto no nordeste do país, em zonas sunitas que os porta-vozes militares não querem revelar.

Durante os 30 anos de ditadura do ex-presidente Saddam Hussein, este se apoiava sobretudo na minoria sunita do país, que representa em torno de 25% dos 26 milhões de iraquianos. Cerca de 60% da população são de xiitas.

Segundo o Comando Central, a operação é destinada a "identificar e neutralizar os fiéis do Partido Baath, as organizações terroristas e os elementos criminais e ao mesmo tempo dar ajuda humanitária".

No âmbito dessa operação, nove pessoas foram detidas e uma quantidade indeterminada de armas foi confiscada durante uma operação na cidade de Jalidiya (100 km ao oeste de Bagdá) hoje, afirmaram as famílias dos detidos.

Na semana passada, em outra operação batizada Península, 113 iraquianos e estrangeiros não-americanos morreram, segundo um balanço das forças americanas e testemunhas iraquianas.

"Às operações militares sucederão operações sincronizadas de estabilização e de ajuda humanitária com o fim de facilitar a transição para a autonomia iraquiana", disse o Comando Central.

Mas um dos conselheiros do secretário de Estado americano, Colin Powell, Richard Haas, advertiu no canal de televisão americano ABC que a instauração da democracia no Iraque vai levar vários anos.

Em Bagdá, cem advogados se manifestaram hoje para reclamar das forças de ocupação ajuda financeira e que voltem a funcionar os mecanismos judiciais.

Com agências internacionais

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