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26/06/2009 - 09h05

Ministros do G8 pedem que Irã encerre violência e "reflita vontade do povo"

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da Folha Online

Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo que reúne oito das maiores economias mundiais) pediram nesta sexta-feira o cessar imediato da violência no Irã, em uma declaração final assinada em Trieste (norte da Itália) e apresentada à imprensa pelo ministro italiano, Franco Frattini.

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Os ministros pediram ainda que as autoridades iranianas garantam que o resultado da eleição presidencial no país, que reelegeu o controverso presidente Mahmoud Ahmadinejad sob acusações de fraude da oposição, "reflita a vontade do povo iraniano".

O principal líder da oposição, Mir Hossein Mousavi, argumenta que houve fraude na eleição que, segundo os resultados oficiais, reelegeu Ahmadinejad com cerca de 63% dos votos, contra 34% do reformista.

A campanha de Mousavi pediu a criação de uma comissão independente para investigar o processo eleitoral, mas conseguiu apenas uma recontagem parcial dos votos sob denúncia. A conclusão do Conselho de Guardiães, responsável por ratificar o processo eleitoral, é que 50 dos 170 distritos analisados apresentam mais votos que eleitores --um número que chega a cerca de 3 milhões.

O Conselho afirmou, contudo, que o número não é suficiente para anular a eleição.

Os ministros afirmaram ainda que a proposta de diálogo com o Irã sobre seu controverso programa nuclear deve ser mantida, mas expressaram "grande preocupação" sobre o risco de proliferação nuclear no regime teocrático.

A declaração foi resultado das negociações entre os países, como França e Itália, que queriam enviar uma mensagem dura ao Irã para que encerre a violência na repressão dos protestos da oposição --que já deixou 20 mortos, segundo números oficiais-- e a Rússia, que apoiou publicamente a reeleição de Ahmadinejad.

"Nós expressamos nossa solidariedade com aqueles que sofreram repressão enquanto protestavam pacificamente e pedimos ao Irã que respeite os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão", diz o texto.

"Nós estamos profundamente entristecidos com a perda de vidas", disse Frattini na entrevista coletiva, ao lado de outros membros do G8. "Nós ressaltamos a necessidade de que a violência cesse imediatamente."

A Itália chegou a convidar o Irã para participar da reunião como convidado especial, argumentando que ele poderia ter um papel importante nas conversas sobre a estabilização do Afeganistão, seu vizinho. Contudo, Roma retirou o convite depois do silêncio iraniano e as preocupações sobre a violência nas ruas de Teerã.

O ministro russo, Sergey Lavrov, ressaltou, contudo, que os países do grupo não vão interferir "nos assuntos internos do Irã". "Nossa posição é de que todos os assuntos emergiram no contexto da eleição e serão resolvidos de maneira alinhada com os procedimentos democráticos."

Já o ministro britânico, David Miliband, cujo governo expulsou dois diplomatas iranianos em retaliação à ação semelhante de Teerã, afirmou que a violência "foi deplorável" e que as acusações iranianas de que os protestos foram organizados por potencias ocidentais não têm fundamento.

"Nós repudiamos violência", disse.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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