Publicidade
Publicidade
Ministros do G8 pedem que Irã encerre violência e "reflita vontade do povo"
Publicidade
da Folha Online
Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo que reúne oito das maiores economias mundiais) pediram nesta sexta-feira o cessar imediato da violência no Irã, em uma declaração final assinada em Trieste (norte da Itália) e apresentada à imprensa pelo ministro italiano, Franco Frattini.
Conheça os indícios da suposta fraude na eleição
Líder supremo está acima do presidente; entenda
Golpe e revolução marcam o último século no Irã
Correntes alternam-se na Presidência desde 1979
Os ministros pediram ainda que as autoridades iranianas garantam que o resultado da eleição presidencial no país, que reelegeu o controverso presidente Mahmoud Ahmadinejad sob acusações de fraude da oposição, "reflita a vontade do povo iraniano".
O principal líder da oposição, Mir Hossein Mousavi, argumenta que houve fraude na eleição que, segundo os resultados oficiais, reelegeu Ahmadinejad com cerca de 63% dos votos, contra 34% do reformista.
A campanha de Mousavi pediu a criação de uma comissão independente para investigar o processo eleitoral, mas conseguiu apenas uma recontagem parcial dos votos sob denúncia. A conclusão do Conselho de Guardiães, responsável por ratificar o processo eleitoral, é que 50 dos 170 distritos analisados apresentam mais votos que eleitores --um número que chega a cerca de 3 milhões.
O Conselho afirmou, contudo, que o número não é suficiente para anular a eleição.
Os ministros afirmaram ainda que a proposta de diálogo com o Irã sobre seu controverso programa nuclear deve ser mantida, mas expressaram "grande preocupação" sobre o risco de proliferação nuclear no regime teocrático.
A declaração foi resultado das negociações entre os países, como França e Itália, que queriam enviar uma mensagem dura ao Irã para que encerre a violência na repressão dos protestos da oposição --que já deixou 20 mortos, segundo números oficiais-- e a Rússia, que apoiou publicamente a reeleição de Ahmadinejad.
"Nós expressamos nossa solidariedade com aqueles que sofreram repressão enquanto protestavam pacificamente e pedimos ao Irã que respeite os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão", diz o texto.
"Nós estamos profundamente entristecidos com a perda de vidas", disse Frattini na entrevista coletiva, ao lado de outros membros do G8. "Nós ressaltamos a necessidade de que a violência cesse imediatamente."
A Itália chegou a convidar o Irã para participar da reunião como convidado especial, argumentando que ele poderia ter um papel importante nas conversas sobre a estabilização do Afeganistão, seu vizinho. Contudo, Roma retirou o convite depois do silêncio iraniano e as preocupações sobre a violência nas ruas de Teerã.
O ministro russo, Sergey Lavrov, ressaltou, contudo, que os países do grupo não vão interferir "nos assuntos internos do Irã". "Nossa posição é de que todos os assuntos emergiram no contexto da eleição e serão resolvidos de maneira alinhada com os procedimentos democráticos."
Já o ministro britânico, David Miliband, cujo governo expulsou dois diplomatas iranianos em retaliação à ação semelhante de Teerã, afirmou que a violência "foi deplorável" e que as acusações iranianas de que os protestos foram organizados por potencias ocidentais não têm fundamento.
"Nós repudiamos violência", disse.
Leia mais notícias sobre a eleição iraniana
- Conselho de Guardiães diz que eleição no Irã foi a mais "sã" desde 1979
- G8 vai "lamentar" violência no Irã, informa diplomata
- Casa Branca rejeita acusações de interferência no Irã
Outras notícias internacionais
- Órgão dos EUA investiga falha em sensores de Airbus da TAM
- Presidente de Honduras diz que tensão política foi superada
- Grupo colombiano é acusado de planejar morte de agente dos EUA
Especial
livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
avalie fechar
avalie fechar