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26/06/2003 - 13h06

Papa fala sobre "ilhas de felicidade" no Terceiro Mundo

da France Presse, no Vaticano

O papa João Paulo 2º advertiu hoje aos turistas contra a "exploração de pessoas" e a tentação de fechar os olhos às realidades sociais refugiando-se nas "ilhas da felicidade" durante suas viagens aos países mais pobres do mundo.

Em mensagem dirigida aos católicos por ocasião do Dia Mundial do Turismo, que será celebrado no dia 27 de setembro, o papa recordou que, principalmente nos países em vias de desenvolvimento, os turistas dificilmente podem evitar se confrontar com as dolorosas realidades da pobreza e da fome.

"É necessário resistir à tentação de encerrar-se em uma espécie de 'ilha da felicidade', afastando-se do contexto social e principalmente evitando aproveitar-se de sua posição privilegiada para explorar as necessidades das pessoas do lugar", declarou João Paulo 2º.

A mensagem do papa não inclui uma condenação explícita ao turismo sexual, mas João Paulo 2º já denunciou, em várias oportunidades, esta forma de exploração humana.

"Esta mensagem não busca condenar os complexos turísticos, só quer convidar todos a um exame de consciência", afirmou o arcebispo Agostino Marchetto, secretário do conselho pontifício especializado na mobilidade humana, ao apresentar o texto em uma entrevista coletiva.

"Sabemos que existem sempre muitas iniciativas nesse complexos destinados a alentar os contatos culturais com as realidades locais", afirmou.

O papa recomenda os turistas a fazer de sua visita "uma ocasião de diálogo entre pessoas de dignidade, de conhecer mais as pessoas do local, assim como a sua história e sua cultura, e de abrir-se a uma compreensão recíproca que pode manifestar-se também por gestos concretos de solidariedade".

Uma solidariedade que deve ser garantida "respeitando principalmente a dignidade pessoal da população local", disse Marchetto.

"A pessoa deve se comprometer para que nunca o bem-estar de um grupo pequeno de privilegiados seja obtido em detrimento da qualidade de vida de muitas outras pessoas", declarou.
 

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