Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/06/2003 - 22h05

Coréia do Norte poderá realizar teste nuclear até dezembro

da Agência Lusa, em Tóquio

A Coréia do Norte possui plutônio suficiente para fabricar até uma dezena de bombas atômicas e poderá realizar um teste nuclear antes do final deste ano, declarou hoje uma ex-autoridade americana.

''O programa nuclear norte-coreano avança muito depressa e isso significa que o tratamento [de plutônio irradiado] já terminou ou está prestes a terminar, podendo a Coréia do Norte estar apta a fabricar de seis a dez armas nucleares'', afirmou Kenneth Quinones.

O antigo diplomata acrescentou que ''se a Coréia do Norte quiser servir-se da arma nuclear como alavanca em negociações com os Estados Unidos, terá de testá-la primeiro''.

''É possível que eles realizem um teste até dezembro'', admitiu Quinones, em entrevista publicada na edição de hoje do jornal ''Daily Yomiuri''.

Kenneth Quinones participou nas negociações do acordo de 1994 sobre o congelamento do programa nuclear norte-coreano em troca da construção de reatores elétricos pela comunidade internacional e de uma ajuda energética a Pyongyang.

A Coréia do Norte anunciou em abril já ter ''produzido com sucesso'' milhares de barras de combustível tratado na sua fábrica nuclear de Yongbyon, o que lhe permitirá produzir plutônio para uso militar, tendo informado Washington.

''Conforme já tínhamos declarado, estamos transformando com sucesso mais de 8.000 barras de combustível já em fase final e informamos isso, no início de março, aos Estados Unidos e aos outros países'', disse um porta-voz, sem fornecer detalhes sobre esse programa nuclear.

Ele indicou, no entanto, que Pyongyang se convenceu depois da guerra do Iraque da necessidade de ''possuir uma força de dissuasão física poderosa''.

A crise nuclear norte-coreana teve início em outubro de 2002, quando Washington acusou Pyongyang de ter iniciado um programa nuclear clandestino, em violação dos acordos de limitação assinados em 1994.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página