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30/06/2003 - 14h39

Acusados do pior atentado do ETA recusam-se a responder em juízo

da France Presse, em Madri

Duas pessoas acusadas de participação no atentado mais brutal praticado pelo ETA (Pátria Basca e Liberdade, grupo armado que luta pela independência da região basca), em 1987, contra o centro comercial Hipercor de Barcelona (nordeste da Espanha), no qual morreram 21 pessoas, negaram-se hoje a responder às perguntas que lhes foram feitas no tribunal, durante o primeiro dia de julgamento.

O ex-dirigente da ETA, Santiago Arróspide Sarasola, ou Santi Potro, e Rafael Caride Simón, compareceram à Audiência Nacional (principal tribunal penal espanhol) onde são acusados de instigar e praticar 21 assassinatos.

A promotoria pede pena de prisão de 950 anos para cada um deles por um atentado que, 16 anos depois, ainda representa um grande trauma coletivo na Espanha.

"Os responsáveis por este massacre não estão aqui e enquanto vocês não os trouxerem eu não aceito este julgamento", declarou Caride Simón, negando-se a responder às perguntas que lhe eram dirigidas, até ser expulso da sala.

Acusações

Santi Potros anunciou a intenção de se manter em silêncio, antes de ser expulso também por dar um soco no vidro blindado da sala onde ficam os acusados.

Os outros dois membros do Comando Barcelona, Domingo Troitiño e Josefina Ernaga, foram detidos em 1997 e condenados a 794 anos de prisão.

Santi Potros foi acusado de ter ordenado o atentado e fornecido o material que serviu para fabricar a potente bomba incendiária que explodiu no estacionamento do centro comercial no dia 19 de junho de 1987, causando 21 mortos e 45 feridos, e prejuízos estimados em 2,4 milhões de euros (R$ 7,89 milhões, aproximadamente)

Detido em 1987 na França, Santi Potros cumpriu 13 anos de prisão antes de ser extraditado em dezembro de 2000 para a Espanha, onde foi condenado a um total de 174 anos de prisão por diversos atentados cometidos pela ETA sob suas ordens.

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